Mais sombria, nova temporada de Sweet Tooth é opção para férias

 

A última temporada de Sweet Tooth já valeria ao menos uma olhadela por incluir Drive, do REM, na trilha de um dos derradeiros episódios que saíram por agora.
A série da Netflix fechou bem a história. Há quase um ano, passei de relance sobre a produção ao incluir entre cinco dicas para assistir nas férias.Se você ainda não assistiu, Bico Doce (tradução do título em inglês) resumidamente fala sobre a história de um menino cervo que tem de escapar dos Últimos Homens, ao mesmo tempo que busca encontrar sua mãe.
Ele é um híbrido. Fruto de uma epidemia denominada Flagelo, cuja contaminação pegou geral, e os humanos “puros” não conseguem ter mais filhos 100%… humanos.
Paralela da sua epopeia, ou nem tanto, tem o pessoal que tenta encontrar a cura para acabar com os Híbridos, como são chamados os seres metade humanos, metade algum outro animal (porco, pássaro, lobo, etc).
Voltemos à última temporada. São oito episódios em que a série adquire tons mais sombrios. Olha, acho que ainda dá para assistir com a criançada, desde que você ou uma pessoa adulta compartilhe emoções e a pipoca. Se não, acho recomendável, sei lá, 13, 14 anos para cima.
Tem umas cenas tensas. Mortes bem penosas, mas que necessárias ao contexto da história baseada em
Sweet Tooth, de Jeff Lemire, publicado pela primeira vez em 2010. E, dizem, mais pesado que a transposição para as telas.
Christian Convery, na pele do guri-cervo Gus, parece ter deixado as melhores interpretações para a reta final. Em Sweet Tooth, o elenco adulto se destacada. Desde Jepperd “Big Man”, encarnado por Nonso Nozie, até a vilã da vez, Zhang (Rosalind Chao), que sonha em ter de volta a Terra somente para a humanidade, e, para isso, extirpar os híbridos da face da Terra.
Aliás, o núcleo adulto é o ponto alto da série. Se entre a galera mais nova, Christian Convery segura a bronca e seu protagonismo, personagens como a filha da vilã Zhang, a Rosie, vivida por Kellu Marie Tran, utiliza muito bem as suas cenas. Aqui em casa, Rosie virou Ana Castela, devido principalmente ao indefectível chapéu, que parece ter saído de alguma barraca vendedora de adereços sertanejos.
Nonso Anozie dispensa comentários. Guardião do Gus, o Big Man foi de uma empatia bem legal. Sem contar o cientista, doutor Singh, interpretado por Adeel Akhtar.
A produção caminha entre o otimismo e a desesperança. Ao fim, deixa aberto para o espectador pender para o lado que mais te persuadir. Quem é a doença, quem é a cura, qual seria o final feliz? Ou, do jeito que termina, mandou uma mensagem positiva? Tenho dúvidas.
Sweet Tooth tem muito de fantasia e por meio disso, como muitas outras boas histórias transportadas para o terreno audiovisual, retrata o quanto a humanidade parece não aprender nada com o que é diferente. Tampouco, o quanto se dá mal quando mexe com a natureza.
Em todo caso, fica a dica. Ainda mais com as férias de julho se aproximando.
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