Em clima de Olimpíada ou não, Atleta A é a dica

 

Aproveitar esse clima olímpico que assola muita gente a cada quatro anos e dar uma dica meio antiga de série. Na real, a ideia era fazer uma lista de cinco produções que assisti e tem pouco ou muito a ver com o megaevento esportivo. Infelizmente, cada vez menos amador – no significado que os Jogos foram idealizados – e mais comercial.
Só que a memória traiu. Lembrei de Carruagens de Fogo, que tem a icônica música tema do Vangelis. O filme do início da década de 80 faz alusão à Olimpíada de 1924, coincidentemente em Paris, lembra?
Pensei em um sobre o Jesse Owens, negro estadunidense que detonou com a panca racista de Hitler em Berlim 1936, mas seria indicar sem ter certeza. Tem muita coisa sobre esse episódio.
Daí imaginei algo sobre o atentado que matou onze israelenses dentro da Vila Olímpica de Munique 1972. Caso semelhante ao do Owens. Tem produções interessantes, neste caso, sobretudo documentários. Porém, de cabeça, não lembrei de nenhuma em específico.
Mais para frente lembrei da série da série desenho 2020 Japão Submerso. A animação nipônica tem um pezinho na Olimpíada de 2020, realizada no ano seguinte por causa da Covid. Na verdade, achei meio fraquinha essa aí.
Depois de toda essa cerimônia de abertura, a dica fica para Atleta A. Até pensei que já havia dados meus pitacos sobre este documentário de 2020, da Netflix, mas não.
O filme de 1h44 é dirigido por Bonni Cohen e Jon Shenk, e, momento sinopse: “acompanha as ginastas que sofreram abusos de Larry Nassar, médico da equipe de ginástica dos EUA, e os repórteres que denunciaram os casos.”
O documentário tem muito do que ocorreu a partir de 2016, quando, segundo texto do Observatório Marta, “a equipe jornalística do The Indianapolis Star descobriu um arquivo de queixas de assédio contra 54 técnicos e expôs diversos outros casos de abusos sexuais acobertados durante anos pela Federação de Ginástica dos Estados Unidos da América”.
O título refere-se à ginasta Maggie Nichols (hoje, com 26 anos), que foi referida como "Atleta A" para proteger sua identidade enquanto ocorriam as investigações sobre seu abuso sexual cometido por Nassar.
Olha, a indicação etária é 18 anos, muito devido aos depoimentos das mulheres que foram abusadas. O longa tenta passar ao largo de um cunho sensacionalista, armadilha tênue em assuntos como este. Creio que consegue.
A história é bem contada, não deixa pontas ou dúvidas sobre o quão perverso era o modus operandi, o ambiente da ginástica estadunidense, e, puts, para quem é pai, mãe, ou é responsável por crianças, e/ou jovens, dá aquele nó na garganta.
Sinceridade, vontade de dar umas porradas. Passou, sem essa de rebaixar para igualar o nível dessa gente.
Longe de mim mandar a dica como um “do contra” a toda essa magia que as olimpíadas provocam. Tem coisas legais, ruins, e segue a Biles. Ops, o baile. De favela, pode ser.
Fica o alerta sobre o cuidar dessa galera nova. Tanto física como emocionalmente.
Não sou muito a favor do pessoal cada vez com idade de adolescente ser alçado ao estrelato e, assim, ter de dividir espaço com adultos e adultas. Em qualquer esporte, incluído o futebol.
Entretanto, vai da consciência de cada responsável. Conversa boa para uma outra hora.
Atleta A é a dica. Se preferir, assista após a Olimpíada para manter o seu otimismo. Ou, nã́o. Se já assistiu, diga aí.

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- Só reforçar, consultei esse texto sobre o assunto
Resenha: Atleta A e o abuso sexual contra crianças no esporte
Abraço

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