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Mostrando postagens de maio, 2024

Só vi agora, Close lembra: garotos são só garotos

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Fazia tempo que desejava ver, até tinha esquecido que queria. Agora, deu para ver de perto. Close é de 2022, chegou ao Brasil em 2023, bem recomendado. O longa de quase duas horas é dirigido por Lukas Dhont. O belga é novinho, vai fazer 33 anos em 11 de junho. A obra tem coprodução francesa e holandesa e, certamente, se não assistiu deve ter ouvido falar. Vai lá, resuminho do Google: “Léo e Remi são dois melhores amigos de 13 anos cujo vínculo aparentemente inquebrável é repentinamente e tragicamente rompido.” No caso, a dupla citada mora em meio rural, e suas famílias parecem não ter problemas mais graves, seja de ordem financeira, ou emocional. Isso talvez seja somente um dos ingredientes que faz a história ter pouco ou quase nenhum clichê quando se trata de produções que envolvem pré e adolescentes. Tudo muito bom, tudo muito bem para Léo (Eden Dambrine, hoje 17 anos) e Remi (Gustav De Waele, 16), até que chega a hora de iniciar o ano letivo. Ao que tudo indica em nova escola. Logo ...

Toucas pra que te quero, sabadão foi Bar, Bravo e meio

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Imagens: Blog do Kishô  Sabadão por aqui fez uma friaca típica de maio. Ainda que aos 40 do segundo tempo, mês já tá no finzinho. Mesmo assim, bora lá, apoiar o underground, como disse o amigo das antigas, humor lá em cima e kitutes pra vender. Na porta do bar. Zé Carioca. Entrei numa gelada, a breja é em conta. E o som via YouTube dava a sensação de pertencimento campo-grandense. A playlist que acompanhava o atendimento do balcão rola Psycho Killer, do Talking Heads, e Dire Straits. Do outro lado da rua, uma mini fogueira improvisada. Bobear foi das noite mais frias do ano por estas bandas. Led Zeppelin, The Doors, música ambiente zero reclamações. Lá pelas tantas, vem à mente música do Racionais, tá gelado? Vamo entrar, vagabundo é nóis. No climão garagem, dezenas de toucas a transitar, e o que dava para se aquecer, a banda Manicômio abriu os trabalhos. Não conhecia. Punk rock honesto. “Nada pode ser mudado a não ser nós mesmos!”. PG, Tod, Diova, e Augusto – colei do Insta deles,...

Se for para espairar, Fallout é do jogo

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  Semaninhas pesadas. Seguem as enchentes de fake news, futebol movimentado muito além das quatro linhas, Morosidade na Justiça… Pra dar uma espairada, Fallout vai bem. Série da Amazon, você já deve saber que é baseada em jogo de vídeo game, né. Não tenho a menor ideia de como se joga. Faz pouca falta para assistir os oito episódios, cada um com mais de 40 minutos fácil. Dirigido por Jonathan Nolan, a produção estadunidense é pra quem gosta desse universo game e tal. Mas, aos menos familiarizados, como este que escreve, também pode agradar. Daquelas coisas “leves”, entretenimento sem a intenção, creio, de fazer você pensar por horas e tirar seu sono. Fiz um mix de sinopses e ficou assim: É uma drama pós-apocalíptico criado por Graham Wagner e Geneva Robertson-Dworet. Ela é baseada na franquia de videogame RPG criada por Tim Cain. Demonstra os abastados e os desprivilegiados em um mundo em que praticamente não sobrou mais nada. Na boa, a série gira sobretudo em três personagens. Tem...

Só vi agora, Des-calço, e na Praça

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  Imagens: Blog do Kishô Gostava bem mais da Ary Coelho sem grades. Vai ver, as cercas são para reduzir o caminhar de pés pelados. Fazia tempo que, literalmente, não andava por lá. Coração de Campão respira com dificuldade, né? Foi lá onde parei para assistir Des-calço. “Um espetáculo sobre avós, Terra e Luto”. Peça teatral já há um par de anos na estrada, que conheci sabadão dentro do projeto Boca de Cena. Espero estar redondamente errado, creio que por ser fora de um ambiente fechado geral dá menos valor. Quem foi lá na Praça deve ter gostado. O silêncio gerado da atenção das dezenas de pessoas em cada situação narrada por Raquel Stainer entregava isso. O clima do fim de tarde/início da noite deu sua contribuição como se fora 3 D. Volte e meia folhas caíam sobre a plateia em um ventinho bom. Disparada. Com clássico de Jair Rodrigues, a atriz inicia o monólogo de uns 40 minutos, e traz consigo Dawison Freitas, que manda ver na libras. Raquel se baseia nas lembranças da família, so...

Talvez seja pregar no deserto, Johnny 316 é a dica

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  Reprodução   Na real, assisti mês passado – fiz até um story - só que volte e meia martela na cabeça. Daí resolvi passar por aqui e deixar brevemente registrado. Johnny 316 é um filme independente lançado em 1998. Tem Vincent Gallo – conhecido nova iorquino que tem um pé fora do mainstream - e Nina Brosh – atriz e modelo israelense - em papéis centrais. É dirigido por Erick Ifergan e, aqui, neste caso, tem um lado bom e outro nem tanto. O bom é que se quiser assistir tem no YouTube de grátis. O nem tanto é que não achei legendado. Mas, de repente, você encontre nesse mundão virtual de meu deus. Aliás, deus é um dos motes desse insólito romance de menos de uma hora e vinte. Johnny 316, creio, é alusão à passagem bíblica de João, capítulo 3 versículo 16. Pelo que entendi, a passagem é famosona. "Porque Deus tanto amou o mundo que deu o seu Filho Unigênito, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna”. Então, no filme, Gallo é Johnny, homem sem grana e que...

Vale a pena escutar o álbum do Francisco, el Hombre, hasta el final

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Julia Mataruna/Divulgação Já escutou o último trabalho do Francisco, el Hombre? HASTA EL FINAL , assim mesmo em maiúsculas, pois a banda gosta de brincar com o tamanho das letras.  Pelo que entendi, Mateo e Sebastián Piracés-Ugarte, LAZÚLI, Helena Papini e Andrei Martinez Kozyreff lançaram este álbum com oito faixas em CAIXA ALTA, e oito minúsculas (de até um minuto), vão fazer uma pá de shows e, depois vão dar um tempo . Mudar de fase. Sem capacidade de prever o que está por vir no caminho médio longo prazo desse pessoal, me atenho a este trampo derradeiro da vez. As participações especiais são um convite para dar uma escutadinha. “Acho, penso, suspeito que o pior já deu de passar Essa memória não se anula, nas entranhas me circula O sentimento de não ter medo de nada Quando a vida mostra a cara lavada e grita pela goela Que tudo o que pode acontecerá Que tudo o que pode acontecerá” - trecho de O QUE EXISTE É O AGORA, traz Lenine a tiracolo e a energia habitual do grupo. Em Campão...

“Enchente no sul vai voltar a unir o Brasil.” Quem dera

Então, Praticamente impossível ficar indiferente ao que acontece no Rio Grande do Sul. Dá nem pra imaginar daqui de longe o estrago causado agora e as sequelas que cairão nos mais pobres. Quem tem grana, tá sequinho. Bobear nem no Sul tá mais. Como muita, mas muita coisa foi falada sobre a pior enchente da história por aquelas bandas. Só resta tristeza e indignação. Umas pessoas mais apressadas disseram que a tragédia vai unir o Brasil de novo. Unir o Brasil é subjetivo pacas. Mas, vamos lá, deu pra entender. Só que, foi mal, creio que não vai rolar. A máquina que move negacionistas e fake news se alimenta da tosqueira, do preconceito, da falta de noção, de se ver na pele do outro, da outra, e sacia a ignorância de seu rebanho. Vejo pessoas surpresas de como pode nessas horas terem capacidade de espalhar tanto perdigoto. Gente, o mundo hoje está cada vez mais á direita e, ao contrário da música, ingênuo é quem não reparou. Sei, cansa. Desde umas paradas de caminhão com doação ser barra...