Pós-Carnaval, e o otimismo que esfarela
Talvez o Carnaval seja a única, ou uma das. poucas vezes em que o Brasil olha para dentro. E se gaba. Ou, vai, ao menos tolera-se ver no espelho. Na maior parte do tempo, a impressão – não é de hoje – é a de que há uma necessidade por e de aprovação. Ou, de apontar o dedo sem importar os perrengues em seu interior. Pessoa negra agredida é presa, e o agressor melhor atendido do que a vítima . Feminicídio caminha a passos largos para fazer companhia à banalização dos números. “Este é o trocentésimo caso este ano, este é o trocentésimo primeiro”, e por aí vai. Tal qual tantos outros que assistimos, fingimos indignação, e, tempo depois, vida que segue. “Ainda bem que é não é comigo, com minha família”. Pior, tão brutalizado está o negócio que muita, mas muita gente, acha bom. Acha graça. Manifestações bizarras, óbvio, com uma injeção de grana porque de graça não rola joia. joinha. Indignação seletiva veio para ficar. Corre solta, vigorosa, vai que vai...obrigada. Então outro bom exemplo de...