O RAP faz 40 anos, eu conheci há 30. E, aqui vai umas 10 músicas que gosto muito

Na escuta de hoje, o CD (é isso mesmo, gosto muito, assim como vinil e tal, mas esse papo aranha fica para outro dia) To the 5 Boroughs, do Beastie Boys. Saudades.
Bom, o motivo da vez são os 40 anos de rap. Happy (trocadilho infame, foi mal) ou nem tanto. O ritmo e poesia ganharam o mundo, pelo menos no começo, com letras nada bonzinhas. O pessoal do Nexo que me “avisou” com “21 músicas que ajudam a contar a história do rap” (clique aqui ). Vale muito a pena. Sinceramente, bem mais do que ficar por aqui, no esforçado blog.

Eu? Acho que já contei de como conheci o estilo recheado de batidas ritmadas, samples, aberto a mistura com outros estilos e letras de todo o tipo. Mas, bora lá. O primeiro contato foi com Mas Que Linda Estás. Era 1984, em um clip que, olha só, passou no Fantástico. Pode torcer o nariz agora, mas o bagulho fez um sucessão. Trinta e cinco anos do disco do Black Juniors. Que doidêra.


Antes dos anos 90, então garoto lá pelos doze, treze anos, escutei um vinil do meu irmão mais velho. Um tal de Hip Hop Hits. E, mesmo sem entender nada, curti muito. Principalmente, The New Style, de quem? Do MCA, Adam e companhia. Ou pode chamar de Beastie Boys mesmo. Esta faixa é do Licensed to III, baita álbum de 1986.

De lá para cá, sempre presentemente nas orelhas, mente e coração. Às vezes escuto às vezes. Às vezes ouço muitas vezes e por aí vai. Longe de ser um expert no rap, também entrei na onda e fiz um top-10 aleatório de faixas muito mais sentimental do que racional ou “técnico” para não deixar passar batido o aniversário do quarentão.
Sem mais delongas, bora lá.

Vida de Gari – Do Master Break – Sei que tem muita gente da época que torce o nariz, zoava a letra da música do  Pra Você que Me Vê, disco feito do meio para a frente da década de 1990. Mas, não tem como deixar de fora. Buddy X, líder do grupo, depois largou mão e ao que me consta enveredou-se por outros estilos e tal. Mas, galera que ia nos eventos de graça da época conheceu o rap de Campo Grande por conta deles.


The New Style – Do The Beastie Boys – Nem precisa comentar mais, né? Outra hora, de repente, conto que fui no show dos caras em São Paulo lá no fim dos anos 90. Sou muito, muito suspeito para falar deles.



She Watch Channel Zero – Do Public Enemy – Alas, álbum clássico da bolha! Do It Takes a Nation of Millions to Hold Us Back, lançado em 1988. Eu tenho ou tinha, tenho de procurar por aqui, a fita k7 deste álbum. Que tem produção executiva de Rick Rubin. Galera do rock deve saber quem é o tiozinho. Mas, eu não sabia dessa até pesquisar. Essa faixa em especial eu curto porque o riff de guitarra do Slayer é destruidor. Dá um confere


Corpo Fechado – Thaide & DJ Hum
Pergunte a Quem Conhece. Este é o nome do álbum de 1989, clássico. A música eu conheci mais como “Meu nome é Thaide”. Era assim que eu chamava esta faixa. Ou chamo, sei lá. Não me acostumo com Corpo Fechado. Já a música é de boa de qualquer jeito.

Circo dos Horrores - Falange da Rima
Olha, se Campão tem um clássico do rap, eu cravo esta. Fim da década de 90, os caras tiveram música em coletânea Brasil afora. Mas, para quem é das áreas, impossível não se identificar com as letras. Principalmente estas. Vale a pena caçar as músicas deste primeiro álbum dos caras.


Bro’s MC – Eju Orendive
“O grupo, que é pioneiro no Brasil em Rap Indígena, é composto por Bruno "New", Charles, Clemerson e Kelvin. Diretamente da Reserva Jaguapiru, Dourados(MS) para o Brasil e Mundo.” É o que diz a descrição do clip abaixo. Vi esses caras em um show na praça do centro, aqui de Campo Grande. Se não engano, foi em 2010, como parte de um projeto que ainda teve Milton Nascimento na fechadura dos shows. E, Nação Zumbi, na abertura. Bons tempos. Deixe o estranhamento de lado e curta o trampo dos Bro’s. Tempo atrás vi um vídeo em que eles improvisam um rap enquanto andam pelas ruas do...Recife. Bacana, né?! O som que surgiu lá do Bronx também pode ser programa de índio, tranquila-mente.


Homem na Estrada – Racionais
Precisa falar muito? Negativo. Lá por 1994, geral escutava Fim de Semana no Parque. Puxa música!, sem discussão. Mas, como disse, a lista é muito mais a gosto deste que escreve. E, Homem na Estrada demorou já para virar um filme bom. Obra prima. Rimas como “A playboyzada muito louca até os ossos Vender droga por aqui, grande negócio”. Sei lá. Fica a dica.


Pule ou Empurre – RPW
Cara, esses anos de noventa e tals foram de muito espaço para o rap nacional. Que bom. Tudo bem, pode-se dizer que o trio encaixa naquela lista de ‘grupo de um hit só’. Mas, o Nós Vamos Bater Cabeça feito na base do sample do EPMD é ruim de deixar você parado. Rubia,  Dj Paul, e W-Yo. Escute alto aí.


Zica vai lá – Emicida
Já disse isto, Emicida hoje é o principal artista da música brasileira. Este ano está a mandar muito bem. Exagero? Pode ser. Esse clipe de 2012, música de 2011, ainda mostra o tiozinho em evolução. E, nem sei se dá para falar que ele é ‘só’ um cara do rap. Vai ver virou pop. E isso não é ruim. Se é que você me entende.


MC Marechal – Guerra
Vou mentir não. Conheci a música por meio do filme. Alemão é bom. Mas, a música transcende. “Mensagem clara que a tropa precisa de informação”. O fluminense de Niterói não agrada a todos. Tem amigo meu que curte rap e não vai com a cara. Faz parte, discordar é da democracia. Marechal nessa letra gasta o vocabulário com sentimento. Consideração.


É isso aí. Sei sei, falta muita gente. De repente acha que tem coisa que nem merecia estar por aqui. Comentários, dicas? Mande aí.
Foi apenas uma singela homenagem aos 40 anos de rap. Destes, há trinta eu tenho a felicidade de ter conhecido.
Abraço


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Valeu pela força.

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