Vinte anos do Batalha de LA do Rage Against The Machine


Internet/Reprodução

E lá se vão duas décadas da feitura do The Battle of Los Angeles, dos caras do Rage Against The Machine. Eu? Estava de despedida da faculdade para iniciar o destino de idas, saídas e despedidas no mercado de trabalho.
Para este que escreve, a banda de Zack de la Rocha e Tom Morello entra na lista dos grupos engajados. Não há nada de ruim nisso. Há nostalgia. Na época então, ouvia e creio, escutava-se muito mais este tipo de som. Asian Dub Foundation, Chico Science, e tantos outros que nos idos 1990/2000 misturavam rap, rock, arranjos diferentes e letras nada indiretas de entender o que nos rodeava. E hoje estão aí, no melhor estilo “não vai dizer que não avisamos”. Né?!



Retorno ao The Battle of LA, de 1999. Se você conhece menos do que eu do RATM, chuto aqui que este disco faz parte de uma “trilogia” da banda que surgiu em 1991 e começou teve início com uma porradaria boa com álbum de mesmo nome, em 1992.
 É desta obra que saiu Wake Up, aquela música do fim de Matrix, bem lembrado nas letras do Gangrena Gasosa na faixa “Eu não entendi Matrix”, que gosto muito (veja clipe abaixo) e, agora, Neo e cia engatarão a quarta produção que deixaria de ser trilogia.


Quatro anos depois veio Evil Empire, que tem a clássica Bulls On Parade, que começa com a guitarra de Tom Morello, e por aí vai. Revolver, People of The Sun, tem música boa à beça. Eis que chegamos à Batalha de Los Angeles. E, já começa com Testify. Desta vez, o baixo de Tim Commeford (hoje no trampo com o Prophets of Rage, que tem também o Morello) é que abre os trabalhos do álbum.

E esta música também que começa o show dos caras naquele show em Londres, no Finsbury Park, fruto de uma promessa feita pelos californianos. Há dez anos, uma dupla de fãs do Rage cansada do domínio das músicas de programas de reality show, resolveu fazer um protesto para tirar "The Climb", de Joe McElderry, vencedor do The X Factor da vez, do topo das paradas britânicas. O movimento ganhou vulto em meio ao deboche e descrença dos responsáveis pelo programa pop e do próprio McElderry (quem?) a ponto de o Rage prometer fazer um show grátis caso a galera conseguisse votar tanto a ponto de colocar a banda no topo. A música escolhida para o lance foi Killing in The Name. E deu certo. Vale muito a pena caçar mais sobre o episódio. Histórico.

The Battle of LA tem vida própria, fica tranquilo. Marcou presença com menos repercussão em obra do Matrix (Reloaded) com Calm Like a Bomb. E teve duas faixas cujo vídeos foram produzidos pelo documentarista Michael Moore, aquele que mandou no Oscar um “Shame on you” para o Bush.

Falei demais já. Boa desculpa para ouvir ou relembrar o aniversariante de 20 anos. Na real, o disco saiu em novembro, mas o que é bom pode ser festejado antecipadamente. Ou, para sempre.
Abraço

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