Hoje, é mais bacana ver o Flamengo em campo do que a seleção


O título acima pode ser uma provocação. Ou uma constatação. Ou, os dois. Em todo caso, atenção para o Hoje.

Nem sei se o Flamengo será campeão de alguma coisa ainda este ano. Mas, no momento, eu escolheria ver um jogo de Jesus e seus discípulos mesmo que a partida começasse quase à meia-noite do que o de Tite e os seus convocados de (quase) sempre.

Talvez, seja porque ver esse pessoal de camisa amarela em campo ultimamente não traz lembranças boas. Me lembra atraso, retrocesso, jogo feio, que só agrada alguns abnegados. Deixa para lá, vai ver é só coisa da minha cabeça. Quem sabe, escrevo sobre isso à parte.

Fato é que foi de uma monotonia a seleção diante da Colômbia, tampouco com o Peru. Este último amistoso, em horário tão impróprio (começou na terça e terminou na quarta) que passa a impressão de ter sido adequado para obedecer à nova ordem brasileira defensora dos bons costumes. Nesta hora, crianças dormem e os muitos trocadilhos podem ser feitos com o nome da equipe peruana. Sem censura.

Tudo bem, foi só um amistoso. Serve para fazer testes, pois o importante é a classificação para a Copa do Mundo em 2022 do Catar. País aliás cujo Brasil de hoje parece esforçar-se para igualar no quesito “a gente manda e você fica aí quietinho”. É para sua segurança. Às portas fechadas e na marcação desigual de três quatro homens para um cidadão. E, não esqueça de filmar.

Em campo, Tite não dá sinais de evolução. Não sei se é o esquema tático ou as peças convocadas que estão longe de corresponder. E, com jogos longe do Brasil, em campos de qualidade duvidosa, passa a ideia de que a CBF, ‘dona’ da seleção, quer mesmo é fazer da equipe uma atração circense a excursionar pelo mundo.

As eliminatórias para o Mundial começam em março. Tempo suficiente para comissão técnica dar uma reciclada e fazer a seleção voltar a agradar aos mal-acostumados que sempre esperam um futebol legal de se ver. Mais do que vencer a qualquer custo. Como o que joga hoje o...Flamengo.

Foto: Alexandre Vidal/Flamengo
Falei do líder do Brasileirão, mas pode por na conta também o Santos, Grêmio, e muitas vezes, o Athletico-PR. Porém, o Rubro-Negro de Gabriel, Bruno Henrique, Arrascaeta e Everton Ribeiro faz, neste momento, a sua torcida, e por que não também a de torcedores de outros times, esquecer por uns instantes da vida dura cotidiana e lembrar de como o futebol ainda pode ser divertido de se ver.

Muito dessa campanha flamenguista deve-se ao técnico português Jorge Jesus. Que, diferente do Peru, a maioria dos trocadilhos com seu nome é livre para todas as idades. Graças a deus. Confesso que fiquei meio desconfiado quando o “Mister” desembarcou em terras brasileiras. Hoje, vejo o bem que ele anda a fazer no nosso futebol. Uma lufada de lucidez dentro das quatro linhas que expõe o nosso atraso em geral no esporte mais popular do mundo.

Sim, o acerto na contratação ajuda. Os onze titulares do Fla teriam capacidade tranquilamente de jogar em qualquer um dos demais 19 clubes da Série A. Uma seleção.

Porém, alegar somente isto como motivo do sucesso soa simplista. Há metodologia de trabalho, visões diferentes de jogo, e por aí vai. Nada que Tite, seu filho, e demais integrantes do selecionado nacional e da CBF não possa fazer em campo. E melhor. Pois, para isso, pode escolher os melhores que jogam no país e do além-mar.

Tite esteve no Maracanã para ver Flamengo e Santos jogarem. Não li nada sobre como ele vê o trabalho dos estrangeiros Jesus e Sampaoli. Uma pena. O técnico brasileiro parece ser um cara bom. Espero que não tenha ido ao estádio somente para ver os jogadores. Mas, sim, o todo que acontece à sua volta.

E aí, curtiu, descurtiu, fique à vontade para trocar uma ideia.

Desta vez, sem som, mas se for para sugerir uma faixa, a desta semana foi esta aqui. Abraço.
* E aí, curtiu?! Então, se puder, apoie financeiramente o nosso trabalho.  Contate a gente pelo fone/whats (67) 9.8109-5459 e-mail lucianoshakihama@gmail.com ou por aqui mesmo.
Valeu pela força.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Aluno com a camisa assinada pelos amigos é bem fim de ano

Tem rap sem palavrão que é bom. Mas censurar palavrão do rap, não.

Dez músicas para Campo Grande no modo aleatório