Sei que vou me arrepender de não ir a um jogo do Mundial
Objetos de desejo Hiram Marques Santana |
Na minha porca vida, coleciono alguns arrependimentos. Não daqueles que ardem na alma. Estes, a intenção é sempre deixar no limbo, aprender com eles ou outra coisa que os aplaquem.
Os em questão são algo mais para falar com os amigos, naquelas reuniões sem compromisso, ou, no máximo, arrependimento que você relata, tem uns segundo de silêncio na mesa e o do lado já emenda o papo e por aí vai.
Destes arrependimentos light, guardo pelo menos dois. O primeiro é o de nunca ter visto um show da Legião Urbana. O segundo, aqui a ordem não presenta questão de importância, é de não ter visto o Francisco Assis França ao vivo com a sua Nação Zumbi. Tive de conformar em ver, com orgulho, em Campo Grande o show, mas sem o Chico.
O mais recente, e, certeza, vou trazer comigo pelo menos até 2018, é de não ver a Copa de dentro das arenas. Uma chance dessas e deixei passar. Principalmente, trabalhando. Conhecendo jornalistas de outros países, como trabalham, sentir na pele o clima de Copa, e tudo o mais.
Pura marcação mesmo. Primeiro, imaginei que não conseguiria conciliar ou viabilizar isto jornalisticamente. Segundo, quando fui atrás da Fifa, o tempo já tinha acabado. Tal igual ao país-sede, a falta de planejamento minou o objetivo.
"Ah, mas vai como torcedor". A logística não é fácil. O fator financeiro também pesa, e muito. Se pudesse, assim em cima da hora e com o 'pé no chão', escolheria o jogo entre Japão e Colômbia, em Cuiabá. Pela proximidade e por ser tecnicamente o melhor jogo que acontecerá na Arena Pantanal.
E, agora? Resta aquela 'invejinha' boa de quem poderá cobrir ou assistir a um ou mais jogos do Mundial. Boa sorte e bom trabalho.
Eu? Vou ver se em 2018 consigo meu passaporte. Ou melhor, Rio-2016 está aí.
Mas, que não vai ser a mesma coisa. Ah, não vai mesmo.
Boa torcida. Voltamos após a estreia canarinha.
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