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Favor olhar a Educação Física com educação

* Texto meu publicado na edição de hoje (24) do jornal O Estado MS Acho que no fim do ano passado ou no começo deste citei neste espaço a preocupação com o modo de como eram lecionadas as aulas de educação física. Que a disciplina é muito mais do que juntar a turma da sala, dividir em dois times, jogar a bola e esperar o tempo passar. Pode até ser legal para o aluno, quem sabe cômodo para o professor, mas esporte é muito mais do que isso. Estiveram aí a Olimpíada e a Paraolimpíada que não deixam mentir. Tem competição, doping, problema de bastidor, na organização, mas também a motivação de uma vida mais saudável, a vontade de se exercitar mesmo que depois dê preguiça, a superação, e muitos outros fatores que direta ou indiretamente contribuem para uma melhor Educação Física. Daí, passaram alguns dias, a possibilidade de que, a partir de 2017, o estudante, ainda adolescente, terá a autonomia para largar as aulas para exercitar o corpo e a mente. Com a escola a reboque. A Medida Pr...

Acaba a Rio-16 e, sim, o Brasil deu conta

*Texto meu publicado na edição de hoje (17) do Jornal O Estado MS Eis que chega ao fim a aventura brasileira na histórica olímpica e paraolímpica. Que começou antes do dia 5 de agosto, data da abertura no Maracanã, e termina amanhã, no mesmo palco, com o apagar das luzes da Paraolimpíada.  A epopeia teve origem em outubro de 2009, quando o Rio derrotou “cidadezinhas” tipo Chicago, Madrid e Tóquio (que aliás recebe os eventos em 2020). Lembro que foi uma festa, sentimento de orgulho, de sim, nós podemos. Ou, o sí, se puede. Talvez o, Yes, we can. Porém, como o legal é por defeito em tudo que se faz aqui e culpar outros tantos, a emoção de sediar a principal competição do planeta, se esvaiu com o passar dos anos. Em parte, outra tradição nacional, por causa do atraso das obras. Um tal de milhões para cá, milhões para lá. Outra parte, é que muitos caíram no golpe de misturar política, economia e tudo o que é de ruim como se a culpa fosse olímpica. Daí, veio a abertura e, como os g...

Somos todos olímpicos. Agora, paraolímpicos...

*Texto meu publicado na edição de hoje (10) do jornal O Estado MS Você tem acompanhado a Paraolimpíada? Perdeu a abertura, talvez mais emocionante do que a dos Jogos Olímpicos? Fique mal, não. Infelizmente você faz parte da maioria que acha que a televisão tem apenas um canal, ou mora em uma região que imagem da TV Brasil (sim, existe) não pega ou está tão ruim quanto aquele que não pode temer o seu nome invocado. Sem coitadismos, longe de mim defender que Olimpíada e Paraolimpíada devem ser tratadas igualmente, com vários canais, sites, jornais transmitindo o dia a dia dos atletas, torcedores, e tal. Bolt, Phelps, Neymar, Djokovic, Bernardinho, Lochte e companhia, são estrelas, dão audiência e merecidamente atraem os holofotes de milhares por todos os cantos. Porém, Daniel Dias, Therezinha Guilhermina, Alan Fonteles merecem ser mais conhecidos do grande público. Assim como os Jogos Paraolímpicos. “Ah, mas essas coisas não dão audiência, não dão lucro. Televisão não é ONG para faze...

De repente é aquela corrente pra frente

*Texto meu publicado na edição de hoje (3) do jornal O Estado MS “Semaninha” com a cara do Brasil hein?! Parafraseando a música (infelizmente) adotada por muitos:  nas favelas, no senado, sujeira para todo lado. Ninguém entende a Constituição, mas todos acreditam no futuro da...Seleção! Nada como depois de uma votação com cara de...galope. A gente comemorar a vitória do nosso time. E pensar que presidente diz que não tem time do coração. Pena, perde chances e mais chances de se emocionar. Tornar-se mais humano. Daí, no dia seguinte, lá nos 2 mil e trocentos metros de altitude, na linha do Equador, Tite bem que bradaria: “Futebol de Jesus tem poder!”. E, como se fosse uma volta ao passado, aquele ar de que o país do futuro reapareceu. Duzentos milhões em ação, pra frente Brasil, salve a seleção. Torcedor, eleitor, em geral, nutrem sentimentos semelhantes. Olha só a questão do técnico. Se perdesse para o Equador, é porque não deu para consertar o trabalho do antecessor Dunga. C...

Sem presente e nem presente em Campo Grande

*Texto meu publicado na edição de hoje (27) do jornal O Estado MS Já devo ter dito por aqui que sou nascido em Campo Grande. Portanto, parabéns para a minha cidade e seus 117 anos. Uma criança, como diria Oscar Niemeyer, tiozinho gente boa que deixou também uma marca por estas terras: a arquitetura do Colégio Maria Constança Barros Machado. E por falar em marcas, depois de uma certa idade, este negócio de aniversário sempre traz umas nostalgias. Do tempo em que o Morenão era realmente um estádio, por exemplo. Minha primeira vez na arquibancada para ver um jogo de futebol foi na metade para frente dos anos 80. Meu pai levou a família para ver o Operário encarar o Palmeiras. O time com o goleiro Leão arrancou o empate por 1 a 1 com o Galo de Campo Grande. E, não foi só o estádio cravado na Cidade Universitária que faz parte das lembranças em “Campão”. Meus primeiros passos neste negócio que me viciou, chamado jornalismo, foi acompanhar partidas do Campeonato Sul-Mato-Grossense no c...

Pode vaiar, dar uma de Lochte... é ‘tudo nosso’

*Texto meu publicado na edição de hoje (20) do jornal O Estado MS A comparação é grosseira, mas chego à reta final da Olimpíada tal qual um esforçado atleta de fim de semana. Pensa que é fácil acordar cedo, ligar a TV e começar a acompanhar os nobres participantes, seja qual esporte for. Durante o dia, um bombardeio de resultados, partidas, duelos, torcidas e dúvidas cruéis na ora de optar o que é mais importante na ordem da programação dos Jogos. E de noite, chegar em casa, e torcer para que os brasileiros belisquem alguma medalha. Aliás, deixar o filé mignon ou aquela deliciosa salada (sabe como é, esforço olímpico para ser politicamente correto) para depois das 9, 10, 11 horas, quase à beira da madrugada é injusto para nosotros, meros trabalhadores. Vira coisa só para norteamericano ver. Literalmente. Como uma empresa lá dos States é que banca a maior parte da transmissão da Olimpíada, os horários das finais que interessam para eles, são aqueles em que os telespectadores de lá e...

Olimpíada ajudô e sempre vai ajudar. Ou é um tiro na água?

*Texto meu publicado na edição de hoje (13) do Jornal O Estado MS E aí, acompanhando a Olimpíada? Muita coisa, né? Surgem heróis todo dia, decepções a cada instante, notícia ruim a rodo. O leque é variado e serve a todos os gostos. Seja para falar bem ou para tacar pedra, reclamar da Vila, detonar, protestar. #ForaAguaVerde, Ops, vaias, aí depende. Afinal, tomar partido é coisa complicada nos dias de hoje, seja em Nova Iork, em Buenos Aires, no Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul ou em Rio Brilhante. Golpe bom mesmo foi o das brasileiras no judô. Rafaela Silva, apoiada pela Marinha (menção honrosa ao bronze de Mayra Aguiar), deu a volta por cima. Sepultou a Chibata (?) e, em um rompante, dedicou seu título olímpico a todas as mulheres ministras que compõem o atual governo brasileiro. São tantas que até esqueci quantas são. Brincadeirinha, hein? Espírito olímpico e esportivo tem de prevalecer. E o futebol? Sou da turma que este esporte não precisava ter no programa olímpico. Pelo me...