De repente é aquela corrente pra frente

*Texto meu publicado na edição de hoje (3) do jornal O Estado MS

“Semaninha” com a cara do Brasil hein?! Parafraseando a música (infelizmente) adotada por muitos:  nas favelas, no senado, sujeira para todo lado. Ninguém entende a Constituição, mas todos acreditam no futuro da...Seleção!

Nada como depois de uma votação com cara de...galope. A gente comemorar a vitória do nosso time. E pensar que presidente diz que não tem time do coração. Pena, perde chances e mais chances de se emocionar. Tornar-se mais humano. Daí, no dia seguinte, lá nos 2 mil e trocentos metros de altitude, na linha do Equador, Tite bem que bradaria: “Futebol de Jesus tem poder!”. E, como se fosse uma volta ao passado, aquele ar de que o país do futuro reapareceu. Duzentos milhões em ação, pra frente Brasil, salve a seleção.

Torcedor, eleitor, em geral, nutrem sentimentos semelhantes. Olha só a questão do técnico. Se perdesse para o Equador, é porque não deu para consertar o trabalho do antecessor Dunga. Como ganhou, Tite confirmou que é o cara.

Na linha de que a gente conhece bem, Tiozinho assume a gestão e tudo que é ruim foi responsabilidade do comando anterior. Se as coisas melhoram, mérito do novo administrador.

Análises totalmente “excelentes” à parte, fiquemos apenas com a nossa seleção (se perder na terça volta a ser o time da CBF).  Acho, sim, que o inédito ouro olímpico fez um bem danado para o novo técnico e seu elenco. Aliviou a pressão sobre o elenco, sim. Perdesse para a Alemanha no Maracanã e Neymar e companhia estariam com todo o peso dos ombros nas costas. Até porque a briga por uma das vagas para a Copa de 2018 segue árdua.

Calma, também acredito que demorou demais para substituir Dunga. Até porquê, ele não foi eleito. Parece, mas técnico do Brasil não é cargo público e se o chefe da empresa quiser trocar sempre que achar necessário, que faça a substituição. Longe de ser um golpe. Se houvesse uma lei que dissesse que todo torcedor pode votar para escolher o treinador, e este tem o direito de ali permanecer por um determinado tempo por pior que fosse, teria de ser respeitado. Caso contrário, parece aquela criança mimada que quando perde, muda a brincadeira. Ou as regras do jogo para poder vencer.  Votar para quê, né?!

Paremos de reclamar. No Brasil, ser gente boa não basta. Você tem de parecer que é honesto. E, isso, até que se diga o contrário, o recém-técnico da seleção assim o é. É sério, boa sorte para ele e aos que vestirem a camisa nacional.

Que novos ares dentro de campo expurguem este maldito mantra de 7 a 1 da Alemanha. Mesmo que os cartolas estejam literalmente devendo. Todo mundo tem o direito de torcer, de sonhar. Mais Gabriel Jesus, Neymar, Marcelo, menos Messi, Cristiano Ronaldo, Müller. Mais Flamengo, Corinthians, Operário, Comercial, menos Barcelona, Real Madrid, Bayern, Leicester.

Fora de campo, a partir deste mês, também tudo lindo. Sem vaias por favor, só mulher para aguentar e ouvir esse povo democraticamente contra. Melhor é reunião ao som só de ar-condicionado. Acabou a corrupção. E parem com esta coisa de luta, de golpe. Quem curtiu, dê MT, ops, RT.
Abraço.

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