Só assisti agora. Semana retrasada, para ser mais exato. Encerrada a produção de quase duas horas, a impressão inicial é Babygirl ter altos e baixos. Depois, o longa dirigido pela holandesa Halina Reijn me fez pensar mais um pouco. E, me deixou meio confuso. O que é bom.
A começar pelas sinopses encontradas por aí. Ainda bem que o filme é bem conhecido. Núcleo principal tem Antonio Banderas, Harris Dickinson, e, Nicole Kidman. Novidade para zero pessoa que admiro muito a australiana.
Neste longa, Kidman é Romy, CEO poderosa, bem sucedida profissionalmente, mãe de família, tem um marido gente boa, o Jacob (Banderas), e tal. Daí, ela se envolve com o estagiário Samuel (Dickinson).
No geral, o filme é tratado como suspense – não entendi muito bem os motivos – e erótico. Sei lá, nem vou entrar nessa seara. E, também, levar as coisas somente por esse lado é reduzir a produção que teve boas recepções em festivais importantes. Críticas para todos os gostos.
As da The Wrap/Variety, tiradas lá da Wikipédia, são interessantes. “Esta obra cinematográfica explora as complexidades da dinâmica de poder e da sexualidade em um ambiente profissional”. Porém, ainda não satisfaz.
Vai ver, é para não adiantar que Babygirl, por meio de Romy, aborda mais além do trabalho. Por exemplo, a contrariedade de Jacob ao descobrir o caso. Por cima, a revelação proferida por sua mulher, sobre sua frustração sexual depois de tantos anos juntos. Esse negócio de discutir a relação é complicado, né. Sobretudo quando os sinais passam despercebidos pelo outro.
Halina Rejin conduz o filme em uma linha que dá a impressão da personagem de Kidman muitas vezes não ter muita certeza do que realmente quer da vida. Comentei isso com uma conhecida, que assistira e gostou do longa, e chegamos à conclusão que isso é um ponto positivo no filme.
Apresenta uma pessoa, que mesmo no topo da cadeia alimentar em seu ramo, tem suas ansiedades escondidas, insegurança quanto à aparência, não é de ferro, e, muito pressionada por todos os lados, inclusive por mulheres. A questão replicar o comportamento dos homens também entra nesse bolo.
Sei lá, pra quem cresceu com Antonio Banderas sendo galã, boa pinta, é estranho vê-lo preterido por um ator fraquinho. Pronto,falei. Considero a atuação do estagiário aquém em relação ao elenco. Sophie Wilde, como Esme Smith, espécie de braço direito não reconhecida por Romy, demarca território com força nas vezes em que aparece em cena.
Nicole Kidman é Nicole Kidman né. Deu “azar” do filme ter saído em uma safra de atrizes em maravilhosas interpretações. Desde Jolie em Maria Callas, Demi Moore em A Substância, além, claro, da tudo de bom Fernanda Torres. Ainda assim, levou o prêmio do Festival de Veneza.
No papel de Romy, se sai bem nos papéis que precisava desempenhar todo dia. De dona de casa à executiva fria calculista linha dura, como amante, e/ou naquele afã de “proibido é mais gostoso” a sentimento de culpa. Para elas, nunca é fácil, né.
Do lado musical, gostei de escutar e relembrar Never Tear Us Apart. sonzêra clássica do Inxs que volte e meia me faço ouvidos, e Father Figure, de George Michael. Coincidentemente, George e Michael Hutchence, ambos sex symbol nos anos 80 e 90, não estão mais entre nós. Singela homenagem de uma época mais divertida, talvez?
Pra encerrar, duas coisinhas.
Realmente, não tem como não lembrar da série sueca Amor e Anarquia (2020. Netflix), que gostei bastante. Até esbocei escrever sobre (em 2023), e, depois, não continuei. Que coisa…
A outra é a frase de Romy que, em humilde opinião, é um “tirei minhas próprias conclusões” sobre Babygirl. É mais ou menos assim: “Se quiser ser humilhada, pago para alguém fazer isso”, detona, ao responder um babaca babão da firma.
Deu né. Groselhas demais já. A produção encontra-se em vários streaming (YouTube pago, Google Play, Amazon, Apple TV).
Se puder apoiar este que escreve, agradeço. Qualquer coisa entre em contato.
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Não parece, mas rola um esforço escrever por aqui. Mas, de boa, tá fácil para ninguém, né.
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