"Se Você Me Olhasse nos Olhos", foi bem bacana. Mas, se você olhasse a fila, antes...

Reprodução/Facebook

No último sábado (22), eu, a patroa, e as crianças fomos a um programa “grátis”. Que, nem de longe foi ruim. “Se Você Me Olhasse nos Olhos”, foi uma coisa bem bacana de se ver. Do grupo Ginga, o espetáculo de dança que foi a público pela primeira vez em 2014 vale a pena ser visto.

Sinceramente, fora as apresentações de escola dos meus filhos, e alguma coisa tipo dança de encerramento de turma da dança do ventre ou algo assim, não lembro a última vez que assisti a algo do gênero. E, no caso do Grupo Ginga (que foi um dos motivos que me fez ir), certeza que faz mais de 13 anos que havia visto algo. A vez anterior ao fim de semana foi no Teatro Glauce Rocha, quando levei minha madre e ela gostou bastante do programa “diferente”. Nesse hiato de tempo, certeza que vi algo. Mas, de cabeça, vai demorar para recordar.

Deu para perceber que, dada as minhas credenciais, longe de ser entendido na matéria. Apenas, gosto. Sobre o espetáculo do sábado, criado/recriado/dirigido/acho que é isso pela dupla Chico Neller e Renata Leoni, a trilha sonora flash-brega-pop e eletrônico casa bem com as coreografias. Entre outros, Roberto  Carlos, Moacir Franco, e um Mano Chao com uma batida “drum and bass” de fundo deixou tudo a soar bem nos ouvidos. E, olhos.

Os oito protagonistas (desculpas, não achei o nome deles para por aqui) conseguem ter cada um uma certa personalidade. E, quase-muito sedentário que sou, fiquei até meio cansado da performance do grupo. Muito treino, com certeza, e confiança nos parceiros. No melhor estilo faça amor não faça guerra. Só não tente imitar algumas coreografias em casa. Se é que você me entende.
A parte que interage com o público ficou interessante, mas o forte mesmo é a performance do grupo, mesmo. Urbanidade, contemporaneidade, e muitos idades.

Ao fim do espetáculo, que durou quase uma hora, palmas. Agradecimentos, ao estilo Cordel do Fogo Encantado “Nesse mundo de fogo e de guerra, O santo da terra, Tem calo na mão”.  Com direito a selfie para registrar o teatro Prosa lotado (pelo menos 260 pessoas, faltou ingresso para quem quis).


Foi de grátis, mas não precisava ser desorganizado
Reprodução/Facebook

A nota dissonante da noite vai para o antes do começar do espetáculo. Não entendi a demora, primeiro em distribuir as entradas. Depois, para liberar a entrada do público ao teatro. Gerou uma enorme e desnecessária fila (devia ter tirado uma foto), além da espera de muita gente por pelo menos uma hora em pé (já que o aviso dizia que os ingressos iriam ser liberados às 19h, o que não aconteceu). Custava nada, creio eu, deixar o pessoal entrar e se acomodar nas cadeiras enquanto esperava o começo da dança.

Pelos detalhes do palco (cadeiras, balinhas e um artifício na iluminação), não há o que justificar a demora no começo da apresentação.

Sei lá se a responsabilidade dessa parte era do Sesc (aliás, parabéns pela iniciativa) ou do Ginga ou de algum outrem. Mas, para um pessoal carente de eventos em Campo Grande (como bem reparou a patroa ao ver aquele montão de gente nas imediações da entrada do teatro), é preciso mais carinho e atenção dentro e fora do palco. Como quer compartilhar o espetáculo apresentado.


Abraço

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