Paris ou pra chorar, Neymar é monstro
*Publicado na edição de sábado (11) do jornal O Estado MS
Por volta da meia-noite de quinta-feira, naquela última dedada no controle remoto antes do apagar das luzes do lar, doce lar, deparei com o 30 for 30, na ESPN Brasil. O título da vez era Bad Boys. Não era a primeira vez que passara a produção.
Mas, desta vez resolvi ver o que era e me arrependi de não ter apreciado antes. Os Bad Boys em questão eram os jogadores do time de basquete do Detroit Pistons. A ascensão e queda do único elenco capaz de interromper as conquistas dos favoritos e queridinhos da NBA. Era fim da década de 1980, época que o melhor basquete do mundo não era esse gigante planetário de hoje. Assistia na Bandeirantes, e garoto, me encantei com esse time chato, longe de ser badalado como o Lakers, de Magic Jonhson, e o Celtics, com Larry Bird.
Por volta da meia-noite de quinta-feira, naquela última dedada no controle remoto antes do apagar das luzes do lar, doce lar, deparei com o 30 for 30, na ESPN Brasil. O título da vez era Bad Boys. Não era a primeira vez que passara a produção.
Mas, desta vez resolvi ver o que era e me arrependi de não ter apreciado antes. Os Bad Boys em questão eram os jogadores do time de basquete do Detroit Pistons. A ascensão e queda do único elenco capaz de interromper as conquistas dos favoritos e queridinhos da NBA. Era fim da década de 1980, época que o melhor basquete do mundo não era esse gigante planetário de hoje. Assistia na Bandeirantes, e garoto, me encantei com esse time chato, longe de ser badalado como o Lakers, de Magic Jonhson, e o Celtics, com Larry Bird.
O filme-reportagem aborda como Isiah Thomas, Bill Laimbeer e companhia eram odiados pelos outros times, inclusive Michael Jordan e seu Chicago Bulls. A franquia de Detroit buscava a vitória na “marra” quando não dava só na técnica. E deixava muita gente p da vida.
Bad boy aqui no Brasil virou coisa parecida. Termo para falar de jogador talentoso e brigão como Edmundo e Romário. Que não estavam muito aí para fazer média com torcedor, ou quem quer que fosse. Personalidade forte, marrento mesmo. Mas, que na hora resolvia. Aí que entra o Neymar. O moleque que ao que parece, muitos amam odiar. “Ah ele é cai-cai. Ele gosta mais de aparecer do que jogar bola. Devia dar exemplo em vez de ficar de selfie na balada, com carrão, iate e Bruna Marquezine. Você viu o que ele disse? É um mal-educado”.
O esporte, mais o futebol, muitas vezes retrata o seu redor. Como negócio que gera milhões e a imagem conta bastante, parece ser uma obrigação o ídolo ser certinho. Um Kaká, talvez. Ou um Gabriel Jesus. Gosto dos dois. E reservo no direito de admirar o monstro Neymar. O que ele fez diante do Paris Saint-Germain foi de arrebentar mesmo. Vergonha nenhuma de admitir. Dane-se se ele torra dinheiro, tem um fraco por baladas e autoexposição. Com 25 anos, sei lá se muitos da idade dele fariam diferente. Hipocrisia e patrulhar a vida dos outros são das coisas mais desanimadoras hoje em dia. E daí que ele não fala sobre política, ou “coisa séria”. Até os entendidos parecem perdidinhos. Pouquíssimos são tão vidraça como o garoto. Ou esqueceram da Olimpíada, detonado na TV até o guri destruir e o Brasil ser ouro.
Bad boys são um “mal” necessário. O esporte e todo o resto sentem falta. Abraço.
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