É preciso mais cabeças pensantes do que cursos profissionalizantes


Somente no mês passado consegui ver dois filmes de ficção científica um tanto badalados. O primeiro, Gravidade, de 2013, dirigido por Alfonso Cuarón, que levou o Oscar de melhor diretor, Sandra Bullock, George Clooney e Ed Harris no bom elenco e filme idem. Interessante como o silêncio pode preencher o campo das sensações em um mundo que a gente nem nota, mas somos dependentes de barulho. Nessas horas, sempre lembro de um trecho do livro Cantigas de Ninar, do Chuck Palahniuk. Mas, já é outra história.


O segundo, Perdido em Marte, de Ridley Scott, lançado em 2015, e com Matt Damon. Bacana também, No começo. achei que era uma versão Náufrago além-Terra. Depois, o filme toma outro rumo. Talvez mais leve e divertido do que Gravidade. E, dá um novo conceito do termo "ao vencedor as batatas". 


Nem vou falar sobre muito sobre as interpretações, trilha sonora, roteiro, etc. Motivo de citar as duas produções de ficção é de perceber o quanto é necessário termos homens e mulheres "crânio". De como é fundamental termos cientistas.

No Perdido em Marte, em certa parte do filme, um astroseiláoquê explica ser "simples" resgatar o astronauta. Porém, é preciso que o geniozinho sem noção faça uma encenação para que os demais astro/cientitas/burocratas entendam o que ele imaginou.

Tudo bem, não são histórias reais. Entretanto, a impressão que dá é que nós, Brasil, estamos cada vez mais longe desta corrida inteligente. E, conhecimento, científico no caso mas estende-se a outras áreas, é o que faz um país ir para frente. Até para fora do planeta, quem sabe.

Quando vejo na propaganda, o garoto feliz porquê vai poder sair da escola apto a trabalhar de modesto simpático empregado, fico preocupado. Não seria o caso de ir mais além? De motivar o pessoal a chegar à Lua? De investir em propaganda e mover recursos e projetos para fazer essa garotada pensar, filosofar, calcular umas coisas complexas? Do que ficar satisfeito em ser mais uma simples mão de obra?

Nos Estados Unidos, ano passado ou retrasado, até a então primeira-dama Michele Obama entrou na onda e participou de uma peça publicitária a fim de incentivar mais os estudantes a ter uma carreira que a educação é fundamental.



Se lá o problema preocupa, aqui o caso deveria ser uma das prioridades. Sob pena da terra brasilis seguir como sempre foi: mão de obra e matéria-prima baratas, pobre e fora do clubinho dos "nerds", mas que vivem bem, vendem caro e são invejados por nós tupiniquins .
Abraço.

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