Longe do filé, futebol de MS vive de músculo
*Publicado na edição do dia 18 do jornal O Estado MS e atualizado no dia 20
Sobre esse esquema da carne em condições de não ter condições de consumo, lembrei de uma matéria que fiz quando era repórter de esporte da Folha do Povo, lá por 1999, 2000. A gente recebeu uma ligação de que o elenco do Operário sofria com a falta de uma alimentação adequada para encarar os jogos do Estadual.
Daí, em uma manhã, fui à então e hoje lendária, e extinta, sede-alojamento do Alvinegro de Campo Grande. Lá na avenida com cara de rua (ou vice-versa) Bandeirantes. Os jogadores preferiram não falar sobre o assunto. Normal, cuspir no prato que come é complicado. Resolvi trocar uma ideia com o pessoal da cozinha. E, foi revelado o cardápio do dia: o prato principal era realmente de se discutir o valor nutricional.
Na edição do dia seguinte, o editor estampou a matéria na página principal do esporte com o gastronômico título: “Operário só come músculo”. Se a memória não falha, talvez o “só” falte. Mas, a ideia era essa. Desnecessário dizer que ligações na redação desejavam que a gente engolisse a reportagem a seco. Teve dirigente que tentou explicar as maravilhas de tal parte da carne bovina e que os jogadores não passavam necessidade: fome, só de bola.
Tudo bem, talvez não tenha nada a ver com a operação da PF (não é Prato Feito, ok?). Desculpe os trocadilhos, a carne é fraca. Foi mais uma entrada para dizer que o Galo da Capital vai jogar domingo (19), em Goiás, com o Luziânia. A partida, além de valer a vaga para a segunda fase da Copa Verde, vale a sobrevivência do futebol de Mato Grosso do Sul em âmbito regional e nacional.
Pelo menos até maio, quando teoricamente a tabela da CBF marca a estreia de Comercial e Sete de Setembro na Quarta Divisão. Esta dupla foi eliminada da Copa do Brasil e o time de Dourados ainda caiu fora da Copa Verde na fase preliminar. A esperança é a de que o Operário coma pelas beiradas e surpreenda a equipe que disputa o Brasiliense. (Não deu. Derrota por 1 a 0 e eliminação no torneio).
É isso aí, gente. No cardápio do futebol de Mato Grosso do Sul é o que temos para hoje. Quando vi o Luverdense de Mato Grosso na televisão diante do Corinthians, imaginei um cachorro na esquina como se olhasse frangos assados a rodar. É gostoso, mas não é para nossa realidade. Teremos de comer muito músculo. Até quando, não sei.
Abraço.
Sobre esse esquema da carne em condições de não ter condições de consumo, lembrei de uma matéria que fiz quando era repórter de esporte da Folha do Povo, lá por 1999, 2000. A gente recebeu uma ligação de que o elenco do Operário sofria com a falta de uma alimentação adequada para encarar os jogos do Estadual.
Daí, em uma manhã, fui à então e hoje lendária, e extinta, sede-alojamento do Alvinegro de Campo Grande. Lá na avenida com cara de rua (ou vice-versa) Bandeirantes. Os jogadores preferiram não falar sobre o assunto. Normal, cuspir no prato que come é complicado. Resolvi trocar uma ideia com o pessoal da cozinha. E, foi revelado o cardápio do dia: o prato principal era realmente de se discutir o valor nutricional.
Na edição do dia seguinte, o editor estampou a matéria na página principal do esporte com o gastronômico título: “Operário só come músculo”. Se a memória não falha, talvez o “só” falte. Mas, a ideia era essa. Desnecessário dizer que ligações na redação desejavam que a gente engolisse a reportagem a seco. Teve dirigente que tentou explicar as maravilhas de tal parte da carne bovina e que os jogadores não passavam necessidade: fome, só de bola.
Tudo bem, talvez não tenha nada a ver com a operação da PF (não é Prato Feito, ok?). Desculpe os trocadilhos, a carne é fraca. Foi mais uma entrada para dizer que o Galo da Capital vai jogar domingo (19), em Goiás, com o Luziânia. A partida, além de valer a vaga para a segunda fase da Copa Verde, vale a sobrevivência do futebol de Mato Grosso do Sul em âmbito regional e nacional.
Pelo menos até maio, quando teoricamente a tabela da CBF marca a estreia de Comercial e Sete de Setembro na Quarta Divisão. Esta dupla foi eliminada da Copa do Brasil e o time de Dourados ainda caiu fora da Copa Verde na fase preliminar. A esperança é a de que o Operário coma pelas beiradas e surpreenda a equipe que disputa o Brasiliense. (Não deu. Derrota por 1 a 0 e eliminação no torneio).
É isso aí, gente. No cardápio do futebol de Mato Grosso do Sul é o que temos para hoje. Quando vi o Luverdense de Mato Grosso na televisão diante do Corinthians, imaginei um cachorro na esquina como se olhasse frangos assados a rodar. É gostoso, mas não é para nossa realidade. Teremos de comer muito músculo. Até quando, não sei.
Abraço.
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