A seleção está tão bem que pode até perder no Uruguai. Sem crise

*Publicado em 21/3 e atualizado em 24/3

No Brasil, futebol não é o "ópio do povo". Pelo menos quando se trata de seleção. Em 2002, Fernando Henrique recebeu os campeões mundiais (lembram da tosca cambalhota de Vampeta na rampa do planalto?) e seu candidato perdeu a eleição. Em 2014, mesmo depois do inesquecível 1 a 7, a situação venceu o pleito.

Dito isso, a seleção vai bem, obrigado. Tenho de dar o braço a torcer e torcer pelo sucesso de Tite. Não era o meu técnico preferido para o lugar de Dunga, mas à beira de campo faz um trabalho inquestionável. Pena que, como nós, se sujeita a um presidente que está longe de servir. Nem tudo é perfeito.

Aliás, é sempre temeroso elogiar o time antes de um jogo. Anida mais quando a peleja será no Uruguai. Futebol adora aprontar e afrontar a lógica. Entretanto, em caso de derrota, a maré anda tão boa para Neymar e companhia que dificilmente alguma crise se instale na seleção.
Copa 2018 vamos nós ver a coisa ficar russa para os outros. (A "lógica" apareceu em Montevidéu e Tite, Neymar e companhia voltaram ao Brasil com sonoros 4 a 1 sobre a Celeste Olímpica).

Até lá, o negócio é manter a calma. Coisa rara principalmente quando o assunto é futebol. Talvez a ferida causada pelos germânicos seja novamente sentida. Pois os cartolas resolveram acertar um amistoso com eles para o ano que vem, antes da Copa. Sei lá se isso é bom. Se perde, aquele trauma de 2014 volta. Se ganha, a euforia de antes do 7 a 1 retorna.

De todo modo, a Tite é necessário enfrentar os europeus (uma Itália, França, Alemanha, até a Bélgica) para ter uma noção de a quantas andas o seu esquadrão. E é isso aí.

Em tempos: pode-se até dizer ou discutir no futebol que é a seleção ou o Brasil de Tite.
Mas, jamais, jamais alguém pode bradar em propaganda que o País é só "dele". Nem o diabo.
Abraços.

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