Nulo, esporte passa em branco nas eleições

*Texto meu publicado na edição de hoje (1) do jornal O Estado MS

Eis que chegamos a mais uma eleição. A “festa democrática”. E de presente, o tradicional “em quem você vai votar?”. Sejamos sinceros, tem momentos no qual não se aguenta mais responder. Semelhante ao “é menino ou menina?” para quem está grávido, ou o insuperável “será que vai chover hoje?”. Haja esforço hercúleo para incentivar pessoal a votar. Daí, imagino aquele tiozinho desanimado a desatar um “votar para quê? Se, quem não concorda vai lá e tira”. Melhor sair de fininho...

Negócio aqui é esporte. E, para variar, propostas para melhorar a cidade onde moro, Campo Grande, nesta área são muitas. Nem te conto. Pois, são tantas que duas mãos são insuficientes para enumerar. Uma mão também não dá. Quer saber, pergunta lá no posto.

Destas situações que me fazem crer que Olimpíada e Paraolimpíada emocionaram e motivaram muitos. Menos os que se dizem nossos representantes. Como é de praxe, a eleição não promete. Campo Grande não tem hoje um estádio decente , nem ginásio, nem pista olímpica de atletismo. Você ouviu alguma proposta pé no chão ou mesmo sonhadora sobre estes assuntos?

Entre os 15 candidatos, quem fez questão de procurar educadores, técnicos, atletas, para saber das necessidades do desporto campo-grandense? E, aí, na sua cidade, teve alguma movimentação? Falam tanto de saúde, de prevenção, alguém próximo desses iluminados poderia lembrá-los de que o esporte faz as pessoas serem mais saudáveis. Assim, gasta-se menos com saúde?!

Ao menos procuraram empresas ou entidades privadas para discutir ideias, tentar aproximar suas marcas com ações esportivas. Nem que seja para levar um não. Pelo menos forçar e ser forçado a sair da zona de conforto, do conformismo do discurso de que a cidade tem poucas indústrias, lojas, etc.

E no âmbito dos 667 postulantes a 29 vagas a vereadores? Por favor, levem a sério. Sem essa de dois anos depois esquecer em quem votou. Tem tempo hábil para jogar na pesquisa da internet: “vereadores coffee break campo grande’. Entendeu, né? Estão aí o Congresso e o Senado como exemplos de que não adianta só se preocupar com o topo. Tem de se olhar com cuidado o todo. Depois, a gente lamenta ou comemora. E cobra.

Só não vale fazer a democracia tropeçar. Abraço.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Aluno com a camisa assinada pelos amigos é bem fim de ano

Dez músicas para Campo Grande no modo aleatório

Tem rap sem palavrão que é bom. Mas censurar palavrão do rap, não.