Chapecoense seria o Comercial, o Operário que deu certo?

*Texto meu publicado na edição de hoje (29) do jornal O Estado MS
  
Você, de Campo Grande, Mato Grosso do Sul, já ouviu falar de um time chamado Taveirópolis? Ele existiu profissionalmente até o começo dos 2000, mas nas décadas de 80, 90, sempre aprontava diante do Comercial e do Operário.  Uma espécie de Portuguesa em São Paulo, ou do América no Rio de Janeiro. Aquele clube simpático, que o torcedor adota como sua segunda equipe.

Esse pensamento veio à cabeça depois da classificação histórica da Chapecoense para a semifinal da Copa Sul-Americana. O clube do interior catarinense, de apenas 43 anos, que em 2009 estava na Série D (aquela em que chafurda o futebol de Mato Grosso do Sul), meteoricamente conquistou acessos em série para 2014 alcançar a Primeira Divisão.

De longe, e ao ler matérias sobre o orgulho de Chapecó, a impressão é a de que o clube não faz loucuras, não possui dívidas estrondosas, praxe nos 12 maiores clubes do país. Pena que o espaço reservado a mais uma façanha do mais novo candidato a segundo time de muitos torcedores é rarefeito em nível nacional. Bons exemplos parecem que incomodam  dirigentes e especialistas dos “grandes centros”.
Ou estão a esperar a Chapecoense iniciar sua derrocada e voltar ao “seu lugar” para encher o peito e dizer: “Viu?! É tudo igual”.

Fico com a tristeza de ver Campo Grande longe disso. Para quem teve grande chance há algumas décadas de se firmar pelo menos como uma Chapecoense que incomoda e, hoje, parece achar normal bater na porta de prefeito e governo e pedir uma “ajudinha”, é difícil esperar algo de bom.

Mais uma temporada de seis meses se aproxima em Mato Grosso do Sul e quero muito, de novo, estar errado. Mesmo que fora de campo parece pairar a mesma mentalidade de sempre. Abraço.

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