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Mostrando postagens de novembro, 2025

Echo 45 Soundsystem é a dica se curte um house, soul, dubzin, hip-hop...

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Tropecei no álbum Echo 45 Soundsystem por indicação do podcast Resumido , e, certeza, já citado por aqui. Lançado este ano, é capitaneado por Nightmares On Wax, um dos nomes artísticos do britânico George Evelyn. Não ponho muita fé nessas coisas, mas em modo “às vezes o mundo conspira”, o trampo de 1h30 e 14 músicas – sendo que a derradeira tem 42 minutos (!) – meio que caiu como uma luva para dar uma acalmada no ser. Para poupar seu tempo, ou não, o som é uma mistura de dub, reggae, soul, hip-hop e eletrônico. Saca, deixa tocar e curte tranquila, tranquilo. Nascido em Leeds, o trampo atual conta com bastante participações. Adianto que não conhecia quase nenhum nome, depois vou pesquisar. Porém, de repente, você conheça: Louis VI, Liam Balley, Halle Supreme, Mos Def (esse se não for homônimo do rapper eu tô ligado), Sadie Walker, Greentea Peng, Oscar Jerome, Yaslin Bey, LSK, e Ladi6. Se esqueci alguém, foi mal. Imagino essa sonzêra naqueles paredão sonoro, tipo Vamo Apelá, no meio da ...

Vou escrever pra cachorro. Pro meu

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V éi, eita diazinhos penosos esses. Eis que sexta de noite, um dos meus dois dogs foi-se deste mundo. Esse negócio de perda é tenso. Eu sei, é “só” um cachorro, pra quê tanto drama, e,pipipipopopó. F...-se. Vou desabafar assim mesmo. Este é um dos poucos espaços que posso chamar de meu. E, sim, vou falar do Negão. Um dos apelidos do Calvin. Mais preto que branco. Um tomba lata, que, junto com o irmão, Alvin, cabiam dentro de uma caixa de sapato quando nos foram doados pelo padrinho da filhota. Faz mais de dez anos. Foram encontrados abandonados, desnutridos e, mesmo assim, diz a história, o “Pretinho” ainda tinha força pra rosnar quem ousava encostar a mão no irmãozinho. O Calvin, a gente costumava falar que era um cachorro pleno. Tinha o ritmo dele. Com exceção de um belo osso de costela ou de porco mesmo, não exibia a pressa característica da afobação dos cães na hora do almoço nem da janta. Por outro lado, ás vezes latia para o nada. Ou só ele enxergava. Confesso, tinha ocasião que ...

A sexta-feira que me tiraram do sofá do conforto e fui parar no Festival de Curta Metragem em Campão

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Depois de um outubro sem rolês aleatório dignos de nota, meio que aos 45 do segundo tempo fui na sessão das 21 horas do dia 14 agora, Festival Curta Campo Grande.  Era uma sexta, na real, tava cansadão do dia (tudo bem, qual a novidade né) e uns 75% de mim apenas queria quedar-se em casa e ficar sussa. No máximo, comprar duas latinhas - que é o que dá hoje em dia - e curtir um som ou algo do tipo. A filhota tinha dado a letra no almoço, mandado link do Festival e a amiguinha ia e tal. Legal!  But, na hora nem dei moral. Achei que até de noite os ânimos iam arrefecer e o ficar na goma venceria. MOMENTO HELP aí! Se considerar que as impressões por aqui valem algo, faz um PIX. Qualquer valor ajuda. A chave é o e-mail: blogdokisho2@gmail.com Ou, entre em contato se tiver a fim de trocar ideias e apoiar de alguma forma. Ajuda e anima a seguir. Em vários sentidos. Pois bem, entre o eu chegar no lar doce lar até me dar conta de que desembocamos no espaço Teatro do Mundo para assisti...

Das ruas de SP, A Melhor Mãe do Mundo é a dica da vez

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Me interessei em ver A Melhor Mãe do Mundo quando assisti trailer no cinema. Creio que tinha ido ver o filme sobre o Ney Matogrosso . Mas, posso ter me enganado. Dias atrás, de supetão, a opção do longa dirigido por Anna Muylaert caiu no colo quando abri o Netflix. Se Ainda Estou Aqui era Rio de Janeiro, O Agente Secreto mostra uma Recife das antigas, o longa da paulistana Muylaert é uma passagem por São Paulo. Pra quem torce pro Corinthians, então… No drama de hora e quarenta e cinco minutos, a diretora de, entre outras obras, Que Horas Ela Volta? (2015), e Durval Discos (2002), retrata dias tensos de Gal, protagonista vivida por Shirley Cruz, pelas tuas e vielas da cidade. “Determinada a escapar do casamento abusivo, uma mãe leva os dois filhos em seu carrinho de reciclagem e embarca em uma jornada em busca de liberdade em São Paulo.” É a sinopse. O longa tem uma história linear, consistente. Tal qual fosse um passo a passo na vida da mulher que passa por um calvário em forma de au...

Larga mão de saber só de ouvir falar e vá ver O Agente Secreto

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     Tava muito a fim de falar minhas groselhas sobre O Agente Secreto. Assisti domingo, desnecessário dizer que vale dar um confere. No filme, com as digitais de Kleber Mendonça Filho. Aqui, vai ser mais do mesmo, talvez mais chato. Porém, se quiser prosseguir, bora lá. O longa de pouco mais de duas horas dá margem para muita coisa. Ambientada no ano em que nasci - e daí? - já começa em um tom árido e, ao estilo do diretor, "brincando" com caixinha/suborno do policial. Me lembrei de esquete estilo Hermes e Renato, do tempo áureo da MTV Brasil. Wagner Moura comanda o elenco. Difícil não remeter a traços de uma espécie de capitão Nascimento, só que civil. Na pele de um cabra marcado pra morrer, O Agente Secreto faz referências ou reverências - se preferir - ao cinema e a teledramaturgia da época. Desde Os Trapalhões, passa por Tarcísio Meira, até os clássicos gringos, A Profecia, e Tubarão. Isso acompanhado pela boa montagem e edição imprimida pelo pernambucano diretor. MO...

Ellen Oléria já se anunciou faz uma cara. Só escutei agora

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Costumo endossar o lance brincante “existem covers e covers”. Se bem que com um fundo de verdade. Escutar a versão de Anunciação na voz de Ellen Oléria – claro, a bordo de arranjos musicais modo sintonia fina – aquece o coração. Pelo menos o meu. Conheci a voz potente, meio hip hop, meio mpb, meio soul, por meio da sua participação no ao vivo Corpo e Alma, de Renan e Inquérito. Aliás, escrevi umas groselhas deste album, tiver a fim de ler, clique aqui . Nascida em Brasília, Ellen Oléria faz do refrão de Tristeza , um real sentimento. Dias desses, no fone de ouvido, eu de andada, meio desacorçoado para variar, e vem “na bruma leve das paixões que vem de dentro”, no tom dela. Depois, na minha playlist, ela vem com Meia Lua Inteira, em uma repaginada que dá uma amenizada na minha caricata lembrança que esse som trazia com a novela Tieta. Na fé, escuta lá, de repente, considera até melhor do que na voz de Caê.  Aliás, na roupagem de Ellen Oléria prestei mais atenção na letra. E nem...

Só vi agora, documentário Quatro Paredes é difícil de ignorar

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Daquelas coincidências sinistras, ou não, em breve hiato de tempo em uma tarde de domingão, cacei algo pra assistir. Tropecei em Black Box Diaries – tipo diários da Caixa Preta - título original e melhor que Quatro Paredes. A coincidência é porque depois que assisti, nesse finado domingo, dois de novembro, reparei que era o último dia do documentário indicado ao Oscar 2025 na plataforma Sesc Digital. O longa de pouco mais de 1h40 está em outros lugares também. No meu caso, a satisfação ter sido de grátis. Dirigido e protagonizado por Shiori Ito, Black Box Diaries no mínimo é um trabalho de coragem. Para ter uma ideia, nem sei se enquanto escrevo o filme conseguiu chegar ao circuito de cinema japonês. País em que se desenrola a história real. Tenso. Caso não viu, o documentário relata um caso de estupro sofrido por uma jornalista cometido por outro jornalista. Após convite para discutir uma proposta de trabalho, os dois se encontram em um restaurante, o renomado Noriyuki Yamaguchi te...