Há 18 anos saía o Na Natureza Selvagem. Só vi agora

Imagem do cartaz do filme Na Natureza Selvagem

O que me fez assistir foi, sobretudo, Eddie Vedder. O cara do Pearl Jam é um dos responsáveis pelas músicas de Na Natureza Selvagem (Into the Wild). Com roteiro e direção de Sean Penn, o longa – literalmente – de quase duas horas e meia completa 18 anos de seu lançamento neste 2025.

Society foi quem me fez tomar coragem e assistir a produção estadunidense. Apenas agora. “Um jovem abandona tudo, inclusive a herança e os laços familiares, para viver sozinho na natureza. Baseado em uma história real.” A sinopse é da Netflix, de onde conferi a boa atuação de Emile Hirsch, na pele do protagonista Christopher McCandless/ Alexander Supertramp.

Vamos lá… O roteiro é baseado em livro homônimo de Jon Krakauer. Já o filme, Sean Penn teve um certo trampo e cuidado para obter a autorização dos McCandless. Afinal, se a publicação for muito igual ao longa o pai – principalmente – e a mãe são retratados de forma pouco simpática.

Chris é daquelas pessoas que, à primeira vista, tem pouco do que reclamar. Família boa financeiramente, bom aluno, opções diversas para escolher a carreira que quiser em alguma prestigiosa universidade.

Mas, resolve largar a mão do destino “normal” e por o pé na estrada. Destino final, permanecer um tempo no Alasca em comunhão com a natureza.

O roteiro fixa como base do “Super andarilho” os dias presentes no Alasca – a bordo do seu “ônibus mágico” - e relembra os anos anteriores em um bate e volta na qual é, comparação aleatória, passageiro tipo Bye Bye Brasil (1979), do Cacá Diegues 

Com mistura de, mais uma lembrança talvez nada a ver, de A Vida Secreta de Walter Mitty (de 2013). Este, coincidência, tem participação de Seam Penn no elenco.

As aventuras de Alexander/Chris servem para quem assiste ter uma noção de como é a vida do personagem principal. De quebra, apresenta o bom rol de coadjuvantes. Gosto bastante das atuações de Marcia Gay Harden, ela faz a mãe, Billie. Já o pai, Walt, tem papel pequeno, mas é William Hurt (falecido em 2022, aos 71 anos), né.

Quem manda bem também é Vince Vaughn, como Wayne, gente boa que dá emprego no campo para Supertramp. Em outras andanças, o protagonista tropeça no casal hippie Rainey (Brian Dierker), e Jan (Catherine Keener), e na garota Tracy, com atuação correta de Kristen Stewart.

Para fechar o seleto rol coadjuvante, Jal Halbrook, é menção honrosa e saudosa (nos deixou em 2021. aos 95). Faz o senhor Ron Franz, um dos últimos a estar com Christopher. Vai muito, muito bem como aqueles velhinhos típicos do interior dos EUA. Cabeça dura, mas nem tanto. Merecida indicação ao Oscar 2008 para ator coadjuvante. Perdeu para Javier Barden, do ótimo Onde os Fracos Não Têm Vez.

Jal Halbrook concorreu ao Oscar de ator coadjuvante por Na Natureza Selvagem

Quando finalmente ele fica sozinho, ou, como almejava, junto com a natureza selvagem, rola o processo ou os efeitos que fez parte de sua personalidade. Na prática, a teoria nem sempre dá certo. Ao mesmo tempo, pode-se dizer que o personagem encontrou o que desejava: auto conhecimento. Ou, se arrependeu, ao afirmar que a felicidade é melhor quando compartilhada.

Então, ele tinha um diário, em que escreveu seus dias de experiência in-só-lita.

Além da trilha quase toda na voz de Eddie Vedder – ganhou o Globo de Ouro - Na Natureza Selvagem é um filme visualmente bonito, bem editado e tal. Foi vencedor também do Prêmio do Público – melhor longa estrangeiro de ficção da Mostra de São Paulo 2007.

Momento asterisco: teve gente que considera o personagem mimado e até um tanto egoísta. Do outro lado, as loas sobre crítica ao capitalismo e espécie de conhecer o eu interior.

Sei, é bem Estados Unidos a bagaça mas – instante minha opinião tem zero importância – a história poderia ser menos…branca?

Dito isso, fica a dica. Vale sim, tentar as quase duas horas e meia para tirar suas próprias conclusões.

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