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Mostrando postagens de setembro, 2025

RAP de Las Hijas de la Alquimia é a dica que brota de América del Sur

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  O rap da paraguaia Ingrid Fernández e da argentina Stefanía Ramos é a dica de som da vez. Juntas, fazem o Las Hijas de la Alquimia. Tô ligado que tá meio atrasado, vai assim mesmo. Fue malo. O duo teve origem em 2019, em Ciudad del Este, e carrega con ellas a influência da Tríplice Fronteira. Na ideia de elevar o rap feminino, a dupla faz um trabalho legal. Por vezes alia as letras de cunho social com base dançante. Como na mais conhecida, Salsurri, de Sanarte 2021. “Aunque me arresten - Mesmo que eles me prendam Aunque me muera - Mesmo se eu morrer Kuña Mbarete aboliendo toda miseria - Kuña Mbarete abolindo toda a miséria Tienes algo que decir? - Você tem algo a dizer? Esto es mi salsa (esta es mi salsa) Para quien lo sienta (pa′ quien lo sienta) Vengo a expresarme (vengo a expresarme) - Eu venho para me expressar (eu venho para me expressar) Através das letras” Com um álbum, em EP e um single, Ingrid e Stefanía já ganharam espaço considerável. O trampo de Las Hijas em Ciudad de...

A Filha do Palhaço é dica que vem de Fortaleza

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  Fim de semana findou que assisti A Filha do Palhaço . De 2022, rodado em Fortaleza, dirigido por Pedro Diógenes, é um drama que vale a pena. Aproveita e dá uma força pro cinema brasileiro. Viver só de indicados à elite não sustenta a tropa toda que luta pela sétima arte país adentro. Em mais ou menos hora e quarenta minutos, o longa aborda sobretudo a relação filha, Joana, interpretada por Lis Sutter, e seu pai, Renato, em bela atuação de Demick Lopes. Dá pra ver em vários canais. Assisti na Sesc Digital , e é de lá que segue a sinopse: “Joana, uma adolescente de 14 anos, aparece para passar uma semana com o pai, Renato, um humorista que apresenta seus shows em churrascarias, bares e casas noturnas de Fortaleza interpretando a personagem Silvanelly. Apesar de mal se conhecerem, pai e filha precisam conviver durante essa semana, quando vivem novas experiências e sentimentos. Esse tempo juntos transforma profundamente a vida dos dois.“ Novidade zero e sem imparcialidade nenhuma, é...

Orquestra Indígena faz música à altura da aldeia global

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Cá estava em mais uma segundona em que vi e ouvi a música clássica com uma cara mais a ver com a de Mato Sul, de Brasil. Era noite no Teatro Glauce Rocha e, inserida na edição 2025 do Festival Mais Cultura da UFMS, a Orquestra Indígena. Único grupo indígena a tocar música de concerto no Brasil atualmente, a Orquestra surgiu em 2016. Demorou um pouco para eu assistir, percebe-se. Acompanhado por Eduardo Martinelli, o grupo engata uma exibição na qual mostra o porquê deste ano ter cruzado as fronteiras e ir parado na Europa. Acabaram de desembarcar de uma série de espetáculos na Espanha e em Portugal. Antes de começar, Martinelli fala entre outras coisas, que há uma delicadeza no tocar que diferencia a performance indígena no escutar da música clássica. Vai ver, impressão minha, tem a ver com a ancestralidade. Antes do Brasil da coroa, já existia o Brasil do cocar, né mesmo?! No repertório desta noite da abertura do festival da Universidade Federal, uma diversidade bem interessante. Além...

Parto Pavilhão, quem não foi perdeu de ver Aysha Nascimento

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Quem não quis ir, perdeu. O espetáculo solo Parto Pavilhão é daquelas coisas que você sai do teatro, no caso o Sesc Horto, em Campão, e pensa: eu pagaria fácil para assistir. A exibição desta sexta-feira foi de com entrada gratuita, parte da Mostra Palco Giratório MS. Valeu muito sair a milhão do trampo – meio que em cima da hora – e ficar na fila de espera, os ingressos antecipados estavam esgotados. Com direção de Naruna Costa e texto de Jhonny Salaberg, a produção paulista tem em seu alicerce, Aysha Nascimento. A paulistana, atriz, diretora faz atuação gigantesca. Cada instante dos sessenta minutos tem a razão de estar ali, no palco. Sem firulas, ela vive Rose, que narra a fita toda. “...a peça reconta a fuga de nove detentas com bebês de colo no CPP Feminino do Butantã, em 2009. Trata-se de um solo cuja montagem encerra a “Trilogia da Fuga” – que anteriormente levou aos palcos “Buraquinhos ou O vento é inimigo do picumã” (2018) e “Mato Cheio” (2019)...” (trecho retirado do site SP...

Só agora, vale mesmo dar uma escutada em Sophia Chablau e Uma Enorme Perda de Tempo

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* consegui errar no título, pensa. Editado às 9h51 A dica de som da vez de repente é super batida. Uma vez, de passagem, achei interessante o nome Sophia Chablau e Uma Enorme Perda de Tempo. Parei mesmo para escutar a banda paulista formada em 2019 depois do rolo com a prefeitura paulistana com o show que tem Sophia Chablau nos vocais, Theo Ceccato na bateria, Vicente Tassara na guitarra e Téo no baixo. Em julho, no evento Semana do Rock, a municipalidade não gostou das manifestações do quarteto e interrompeu a apresentação. Daí aproveitei para literalmente escutar o trampo do quarteto no Spotify .  Tou bem específico porque, sério, até o momento não assisti nada de Sophie e companhia. Tipo, clipe, show e tal. Peguei pra escutar semana passada. Tampouco tinha noção da moral que eles já conseguiram e do espaço que já conquistaram ao longo destes seis anos. Massa. “Minha mãe é perfeita Meu irmão é perfeito Minha mãe é perfeita Meu irmão é perfeito Só eu e meu pai Só eu e meu pai que...

Segunda temporada evidencia Wandinha tão perto tão longe da Família Addams

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A segunda temporada de Wandinha, ou Wednesday, entrega o que promete para quem acompanha as peripécias da personagem inicialmente marcada por Christina Ricci nos filmes da década de 90 que deram origem a uma pá de coisa. Lembro que tinha até máquina de fliperama (o “pinball”). Sei porque joguei. Pinball é bem legal. Agora, na Netflix, Jenna Ortega protagoniza a filha famosa da Família Addams. Desnecessário dizer que a direção de Tim Burton já funciona como um divisor. Quem não é adepto às suas “estranhezas”, melhor deixar quieto. Embora acredite que seus longas estão em patamar acima. Wednesday tem pontos legais e é entretenimento bacana. A segunda parte da temporada deste ano sobe bastante o conceito. O episódio da troca de personalidades entre Wandinha e Enid (Emma Myers, em atuação tão boa quanto a de Ortega), serviu de esteio para a dupla mostrar que não está para brincadeira. Aliás, é latente o quanto as personagens femininas dominam com propriedade a temporada. Evie Templeton (Ag...

Dos anos 90, Amores Expressos é comédia romântica bem legal mesmo

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  Li de passagem que Amores Expressos é um filme queridinho dos cinéfilos. Bem, longe estou de ser um cinéfilo. Mas, entendo a empatia com o longa lançado em 1994. Momento Só Assisti Agora veio a calhar legal. Resolvi ver a produção de Hong Kong cujo título original é Chung Hing Sam Lam, e ao que parece geralmente denominado Chungking Express depois de tropeçar em sequência que uma mulher escuta California Dreamin – clássico do The Mamas & The Papas - em consideráveis decibéis enquanto organiza as coisas em uma lanchonete. A mina em questão é Faye, e responde que ouvir música em volume alto não faz ela pensar. Interpretada por...Faye Wong, aparece na parte II do longa dirigido por Wong Kar-Wai. Neste caso, ela se apaixona por um policial, o 663, que vive as dores e as esperanças de reatar um relacionamento que ao que tudo indica foi para os ares. Protagonizado por Tony Leung Chiu Wai, o personagem é tão vidrado que ignora os sinais de Faye. A atuação dela foi fundamental para m...

Som da Sophie Thatcher é daquelas que não tem nada. De, mais

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Então, na real tava a juntar ré com cré para escrever sobre A Place To Bury Strangers. Nada a ver os estilos, eu sei. Porém, mudei de ideia, porque ás vezes assim as coisas são, e tropecei em Sophie Thatcher Sim, a estadunidense nascida em Chicago é uma das minhas personagens preferidas de Jaquetas Amarelas. Daí, meio em uma hora limbo, resolvi saber um pouquinho a mais e descobri que, além de atriz, Sophie também canta. Olha só, talvez tenha nada de mais. Você pode ouvir e considerar que é outras daquelas vozes femininas que entoam a voz como se tivesse falando baixinho em seu ouvido. Eu gosto. Vou me ater apenas à parte musical. Não conheço muito as atuações nas telas e a série ainda nem terminei a primeira temporada. Dito isso, a dica bem de boinha (eu acho) é o EP Pivot & Scrape , que saiu ano passado. Tentei descolar qual seria o tipo de música de Sophie, mas creio ter buscado errado. Só rola “musa do terror”, “cover tipo Mazzy Star” (aliás, curto esse som, hein), e referência...

Drama sul-coreano Uma Família Normal é dica "e se fosse com você"

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  Opa, foi meio de supetão assistir a Uma Família Normal. Tava a fim de ver algo da Sesc Digital, e tava lá, alguns com o selo “últimos dias”. Daí fui ao encontro desse longa sul-coreano lançado ano passado. O drama dirigido por Jin-Ho Hur tem quase duas horas e é baseado em livro do holandês Herman Koch chamado O Jantar (Het Diner, no original). Pelo que entendi em pesquisa basicona, a obra escrita já teve três versões (holandesa, estadunidense e italiana), antes desta em que se passa na Ásia, e levam o nome da publicação de Koch. No caso de Uma Família Normal, então, a sinopse lá da onde assisti diz assim: “A ocupação de Jae-wan (Sul Kyung-gu) como advogado inclui a defesa de assassinos. Seu irmão, Jae-gyu (Jang Dong-gun) é um médico religioso que constantemente coloca seus pacientes à frente de seus próprios interesses. Uma circunstância envolvendo seus filhos adolescentes testa a consciência dos irmãos.” O longa começa com uma discussão de trânsito que acaba bem mal. Há vítima ...