Lembranças e esporte se misturam quando criança

*Texto meu publicado na edição impressa de O Estado MS sábado (14)

Nesta semana, chegaram uns parentes para passar um tempo lá na humilde residência onde habitam eu, a patroa e as crianças. Se a memória falhar, perdoem. A ideia vai permanecer. Hora da janta, e falávamos de gostos gastronômicos.

E dá-lhe comida fitness entre as preferências: sobá, yakisoba, feijoada, costelinha, rabada e por aí vai. Em determinado momento, a tia revelou que o que ela gosta mesmo é de sabor de infância. Comida que a gente comia quando era criança. Pode ser um ovo frito com arroz, por exemplo. Lembranças que de alguma forma você quer desfrutar mesmo adulto, ou após tornar-se uma “criança grande”

Esse rodízio (ou seria rodeio?) todo é para admitir que sensações da primeira, segunda infâncias são coisas que você leva para a vida toda e, de repente, nem percebe. Quando era guri, meus pais visitavam todo ano uns conhecidos de longa data cuja residência era ao lado de uma academia de judô, na avenida Mato Grosso. Anos mais tarde, já adolescente, o handebol era uma coisa “massa” de jogar no colégio. Acompanhava uns amigos que faziam parte do treinamento e até ia com eles algumas vezes em competições escolares. Jogava “gol a gol” durante o recreio. Até participei de torneios dentro da escola. Sei lá por que usava a camisa do avesso. Mania de garoto, que quer ser diferentão.

E, especificamente neste começo de ano, acredito que o contato que tive com vários esportes, mesmo sem botar muita fé na época, me faz empolgar quando aparecem matérias dos ditos esportes amadores. No handebol, começou o Mundial lá na França. E o esforço e a esperança de que a modalidade ganhe mais espaço aqui em terras brasilis. Salve a seleção.

No judô, como diria o “filósofo”, acontece quase a mesma coisa só que diferente. Judocas e técnicos daqui de Mato Grosso do Sul que acompanhamos desde as categorias de base agora encaram seletivas... que podem levá-los a Tóquio em 2020. Sacrificam férias, encaram viagens de ônibus, lesões por causa do batidão de treino e lutas. Torço para dar certo. Merecem.

Podia ser seu filho. Quer ou não muitos têm mãe. E mesmo se não tiverem... Mas apontar o dedo e dizer que foi é pouco... Quer dizer, tem de ser ficha limpíssima em todos os aspectos. E, na boa, ninguém é. Liberte-se dessa prisão e pare de ser massa (carcerária ou não) de manobra. Puxa, afinal é a vida. Abraço.

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