Finais estaduais e Dia das Mães. Que ‘presente’

*Texto meu publicado na edição de sábado (7) do Jornal O Estado de Mato Grosso do Sul

Ufa, os Estaduais, a maioria, acabam amanhã. Bem ou mal, calma, ano que vem tem tudo de novo. É igual ao Dia das Mães, tem todo segundo domingo de maio.

E, coincidência, na hora em que chega o jogo que realmente vale no Paulista, Carioca, Gaúcho, Mineiro etc, é o dia dela. Que maldade. Antes de mais nada, deixa eu fazer uma média ou seria uma máxima e homenagea-las. Aê, mãe e mãe de meus filhos e quem se considera e faz jus a talvez palavra portuguesa de três letras mais poderosa desse mundo: “meu amor pela senhora já não cabe em Saturno”. Alas, mandei bem, hein?! Nem precisa mais de presente.

Aliás, falando em presente, fico a pensar nas que irão às arquibancadas, ou assistirão de longe seus filhos jogadores, atletas em ação hoje. Esporte tem dessas. Domingo é dia de labuta e, pinta e borda aquela dor no coração, de não ter sua torcedora mais querida por perto ou, do outro lado, o presente é ter de torcer de longe. Tê-lo por perto neste 8 de maio é passado. Muitas vezes, é preciso para tentar dar um futuro melhor.

Aí tem alguns que, espero que movido pelo impulso e pela falta de razão no momento, xinga a mãe do jogador, do técnico (do juiz então, é até clichê). Que puxa. E tudo que o caboclo queria amanhã era estar perto das suas queridas. Ossos do ofício. “Ah, ganha bem, faz o que gosta, tem de reclamar de nada não”. É?! Vem cá, e desde quando quem se dá bem honestamente tem de servir apenas a vocês? E, outra, como disse o técnico do Comercial, Paulinho Rezende, em um bate-papo informal durante uma pausa em entrevista ao “Dez Na Rede”, do O Estado Online, “treinador de time pequeno tem de se preocupar com o que acontece com o jogador dentro e fora de campo. É um ‘administrador de crises’”. Pelo menos, no dia de amanhã, façamos um trato, poupemos das ofensas quem os criou. Sei lá se é presente. Mas elas com certeza sofrerão bem menos.

Agora, se você é daqueles que, em alto e bom som põe até a mãe de prefeito no meio... Por favor, peça para sair. E, se arrepender, peça desculpas direito, como sua mãe, espero eu, tenha te ensinado. É o mínimo. 

E as mães atletas? Técnicas, dirigentes? Menção honrosa a elas. Alguém aí, acho que tem de ter uns 40 anos para cima, lembra da Isabel, jogando vôlei na década de 80 pelo Flamengo. Grávida. Só um exemplo de como tem de respeitar a força de quem te aguenta desde sempre. 

Feliz dias, meses e anos. Sempre. 
E os Estaduais? Boa sorte para o seu time. E, que legal, domingo começa o Brasileirão! 

Momento: precisamos falar de Libertadores. Não é nada, não é nada, mas só sobraram São Paulo e Atlético-MG entre os oito melhores da América. Ironia que vai engrossar as fileiras do “pró 7 a 1”: não há técnicos brasileiros entre os clubes que estão nas quartas de final. No Tricolor Paulista, Bauza é argentino, e no Galo Mineiro, Aguirre é uruguaio. 

Antes dos ânimos se exaltarem, inicialmente é só uma constatação. Alemanha, campeã da Copa de 2014, não tem técnico na final da Liga dos Campeões da Europa. E a seleção da Espanha está longe de espelhar o que fazem hoje Real Madrid e Atlético de Madri. Seleção é uma coisa, clubes são outras. Ou não?
Abraço.

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