Estadual de futebol cada vez mais ‘crônico’ em MS
* Texto meu publicado na edição hoje (30) na edição de O Estado MS
Eis que amanhã, último dia do mês de janeiro, começa o Campeonato Sul-Mato-Grossense de Futebol. É bom avisar, porque muitos ainda estão longe de saber. Tem de explicar que o jogo será entre Comercial e Novoperário. E, não, não é o clássico Comerário. É preciso informar que o Operário, aquele conhecido por chegar à semifinal do Brasileiro de 1977, ainda vai demorar uns dias para estrear. Como assim, mas o Estadual começa domingo?
Pois é, aos resistentes que teimam em dar uma força ao castigado futebol da terrinha, o Operário joga somente no dia 14 de fevereiro. Aliás, a rodada de abertura começa com força total no fim de semana: uma partida apenas.
O motivo? Mistérios. Uns dizem que o jogo de amanhã, nas Moreninhas, só vai acontecer por pedido da televisão que vai transmitir a competição. Outros, afirmam que o Galo de Campo Grande pediu para jogar daqui a duas semanas para ter tempo de formar um time. Difícil compreender, mas a gente tenta noticiar da melhor forma possível. Se bem que, até isso será complicado no Sul-Mato-Grossense 2016.
Correto será dizer que vamos acompanhar os lances dentro de campo da forma que der. Pois, novidade para esta edição, o Estadual de Mato Grosso do Sul será um dos únicos, se não o único, em que jornalistas terão de “pagar” para cobrir as partidas. Mesmo em casos que o estádio (ou o campo) for público e não particular.
Nada como viver em um Estado sem problemas. Do governo, R$ 622 mil aos clubes, além da conta da arbitragem nas partidas. E R$ 50 mil como apoio a Acems (Associação dos Cronistas Esportivos de MS), que ficou responsável por autorizar quem poderá trabalhar ou não dentro de campo. Dizem, estava meio que dando uma indireta do tipo, ou paga para se filiar e ter a carteirinha, ou fica fora do campo, porque a notícia tem dono. Óbvio, para os amigos, dá- -se um jeitinho, estamos aí, sempre, junto com você.
Pela primeira vez em 16 anos de jornalismo, vejo tamanha dificuldade em acompanhar o campeonato estadual. Nem em Copa do Mundo... Portanto, torcedor, nesta temporada, muita calma nessa hora com que o que você ver ou ouvir.
Mesmo que, a maioria das equipes conte com apoio de prefeituras e dinheiro do governo do Estado, claro, sob olhar atento das organizadoras da competição (FFMS e emissora de televisão – que realizou a festa de lançamento do Estadual). Como esquecer nessas horas o dito popular, “a despesa é pública, o lucro é privado”. E no caso de Campo Grande, a prefeitura ainda dá uma força ao ceder o estádio, centro esportivo, guarda municipal e ambulância.
Irônico é perceber geral “indignada” com governante que pensa em gastar com Carnaval em tempos de crise. Pouco mais de meio milhão para dar uma força na saúde ou na segurança em vez de ajudar (apoio por parte do poder estadual que já tem uns 15 anos) as entidades privadas do futebol até que não seria ruim. Depois, aquele chato vem e diz, “tá vendo, o futebol é o ópio do povo”, e a gente, é meio que obrigado a concordar. Não sem antes pedir para ele ler mais Nelson Rodrigues, cuja obra é muito maior que meia dúzia de frases históricas.
Gostaria muito de só falar sobre jogadores, torcedores, partidas. Porém, ano após ano, o esporte do povo parece cada vez mais servir aos que deveriam ser apenas figurantes. E diga-se de passagem, epidemia presente aqui, em São Paulo, no Rio, na CBF, na Fifa...
Boa sorte a todos. Que o futebol, de verdade, prevaleça.
Abraço
Eis que amanhã, último dia do mês de janeiro, começa o Campeonato Sul-Mato-Grossense de Futebol. É bom avisar, porque muitos ainda estão longe de saber. Tem de explicar que o jogo será entre Comercial e Novoperário. E, não, não é o clássico Comerário. É preciso informar que o Operário, aquele conhecido por chegar à semifinal do Brasileiro de 1977, ainda vai demorar uns dias para estrear. Como assim, mas o Estadual começa domingo?
Pois é, aos resistentes que teimam em dar uma força ao castigado futebol da terrinha, o Operário joga somente no dia 14 de fevereiro. Aliás, a rodada de abertura começa com força total no fim de semana: uma partida apenas.
O motivo? Mistérios. Uns dizem que o jogo de amanhã, nas Moreninhas, só vai acontecer por pedido da televisão que vai transmitir a competição. Outros, afirmam que o Galo de Campo Grande pediu para jogar daqui a duas semanas para ter tempo de formar um time. Difícil compreender, mas a gente tenta noticiar da melhor forma possível. Se bem que, até isso será complicado no Sul-Mato-Grossense 2016.
Correto será dizer que vamos acompanhar os lances dentro de campo da forma que der. Pois, novidade para esta edição, o Estadual de Mato Grosso do Sul será um dos únicos, se não o único, em que jornalistas terão de “pagar” para cobrir as partidas. Mesmo em casos que o estádio (ou o campo) for público e não particular.
Nada como viver em um Estado sem problemas. Do governo, R$ 622 mil aos clubes, além da conta da arbitragem nas partidas. E R$ 50 mil como apoio a Acems (Associação dos Cronistas Esportivos de MS), que ficou responsável por autorizar quem poderá trabalhar ou não dentro de campo. Dizem, estava meio que dando uma indireta do tipo, ou paga para se filiar e ter a carteirinha, ou fica fora do campo, porque a notícia tem dono. Óbvio, para os amigos, dá- -se um jeitinho, estamos aí, sempre, junto com você.
Pela primeira vez em 16 anos de jornalismo, vejo tamanha dificuldade em acompanhar o campeonato estadual. Nem em Copa do Mundo... Portanto, torcedor, nesta temporada, muita calma nessa hora com que o que você ver ou ouvir.
Mesmo que, a maioria das equipes conte com apoio de prefeituras e dinheiro do governo do Estado, claro, sob olhar atento das organizadoras da competição (FFMS e emissora de televisão – que realizou a festa de lançamento do Estadual). Como esquecer nessas horas o dito popular, “a despesa é pública, o lucro é privado”. E no caso de Campo Grande, a prefeitura ainda dá uma força ao ceder o estádio, centro esportivo, guarda municipal e ambulância.
Irônico é perceber geral “indignada” com governante que pensa em gastar com Carnaval em tempos de crise. Pouco mais de meio milhão para dar uma força na saúde ou na segurança em vez de ajudar (apoio por parte do poder estadual que já tem uns 15 anos) as entidades privadas do futebol até que não seria ruim. Depois, aquele chato vem e diz, “tá vendo, o futebol é o ópio do povo”, e a gente, é meio que obrigado a concordar. Não sem antes pedir para ele ler mais Nelson Rodrigues, cuja obra é muito maior que meia dúzia de frases históricas.
Gostaria muito de só falar sobre jogadores, torcedores, partidas. Porém, ano após ano, o esporte do povo parece cada vez mais servir aos que deveriam ser apenas figurantes. E diga-se de passagem, epidemia presente aqui, em São Paulo, no Rio, na CBF, na Fifa...
Boa sorte a todos. Que o futebol, de verdade, prevaleça.
Abraço
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