“Colegas”, valeu muito ver este filme

Seria o correto do politicamente incorreto?
Foto:Divulgação

Você já assistiu ao filme “Colegas”? Aquele, em que dois amigos e uma amiga fogem de um instituto para portadores da síndrome de Down em busca da realização de seus sonhos individuais.

Muito divertido. Os atores se saem super bem, o elenco que gira em torno também está bacana e a narração de Lima Duarte dá um ar de sei lá, contos de Sítio do Pica Pau Amarelo.

Mas, ao mesmo tempo, confesso que assistia cada cena com uma ponta de dúvida? Como será que quem convive diariamente com a síndrome encarou o filme? É sério. Deve ser difícil para o diretor, a produção, os familiares dos atores caminhar entre o piegas e a ousadia em um longa metragem desse tipo. Coragem. Muita coragem. Ou não.

De repente foi mais fácil do que se imaginava. Escrevo sem ler nada sobre a produção lançada em 2012 dirigida por Marcelo Galvão. Às vezes, as minhas indagações e sentimentos já foram devidamente respondidas em seções/sites/revistas/especialistas/bidus e afins. Paciência.

Volto ao filme para ilustrar a mistura de sentimentos enquanto assistia, dava risadas, me distraía e até se chocava com as situações em que o preconceito batia na cara do trio principal de atores. “Será que até hoje ainda tem gente com essa falta de neurônios?” “Para quê tratar quem quer que seja assim?” e ao mesmo tempo  “Puts, será que futuramente é possível os atores terem algum tipo de problema emocional? Sei lá, levarem a situação para fora do filme?”

Aí, eu vejo o quanto a gente não sabe nada.Ou não tem certeza de muita coisa. E, o quanto a mente (a minha, obviamente)  bitolada ou desacostumada em sair do lugar comum para avaliar um filme só pelo fato do dito cujo ter no elenco pessoas que fogem do “padrão”.  

E o medo de ser mal interpretado? Será que se eu dizer que não gostei do filme, posso ser tachado de preconceituoso ou coisas piores?

Porém, o que posso dizer sem medo de errar é que gostei. Recomendo muito. E, sei que os envolvidos nem vão ler, mas parabéns!  Tomara que não parem por aí, e desenvolvam mais histórias. De ficção, policial, drama, terror, animação, etc, etc.


Bom meio de semana!

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