Meio arrastado, A Colheita é um microcosmo sobre mazelas

Assisti esses dias A Colheita. O nome é meio comum para filmes, esse é de 2024, dirigido pela grega Athina Rachel Tsangari, tem coprodução da Alemanha, Reino Unido e França, e leva o nome original Harvest. O longa tem pouco mais de duas horas e fiquei matutando motivos dos quais foi bem recebido por parte da crítica. Se ainda não assistiu, basicamente o filme se passa em uma região humilde, trata-se de um vilarejo de gente “simples”, que um dia tem de lidar com a presença de três invasores: dois homens e uma mulher. Narrado por Walt (Caleb Landry Jones), um dos moradores do local, A Colheita tem um ritmo que, de repente, é meio devagar de propósito. A comunidade tem ar conservador e é liderada pelo Mestre Kent (Harry Melling). Embora queira passar ambiente tranquilo, nota-se um clima tenso, em que sobretudo algumas mulheres se mostram incomodadas com o modus operandi. Athina Tsangari carrega em tons áridos, mesmo nas imagens da colheita propriamente dita, como em detalhes do barr...