Meninas Malvadas é bem mais do que música pra elas
E aí, beleza?!
Fim de férias da filhota, fomos ao cinema. Encarar uma telona é uma das metas que ela tem em sua lista imaginária do período sem aulas. Assim, fui parar em Meninas Malvadas: O Musical.
Talvez pelo fato de ser pai, ou não, me diverti com a comédia musical bastante espelhada no original de 2004. Nem esperava tanto da produção dirigida por Samantha Jayne e Arturo Perez Jr, e roteiro de Tina Fey, que atuou no longa de 20 anos atrás.
Minha exigente parceira curtiu bastante o filme baseado em um número da Broadway. Chamou minha atenção a sala do cinema estar tomada esmagadoramente por meninas. Contava-se nos dedos os garotos presentes. Significa. Significa?
Volto ao longa. Na produção juvenil do início dos anos 2000 dirigida por Mark Waters o elenco contou com Lindsay Lohan, Rachel McAdams, e Amanda Seyfried. A banca é forte.
Se você tá meio de intrusa ou intruso, o musical segue muito o filme que completa 20 anos neste 2024. As protagonistas são Angourie Rice e Reneé Rapp.
Momento sinopse (lá do site Adoro Cinema):
Cady Heron (Angourie Rice), uma jovem que se muda da África para os Estados Unidos e precisa começar uma nova vida, enfrentando dificuldades para se adaptar à mudança de rotina - principalmente no novo colégio. Entre os vários estudantes do North Shore, Cady conhece o grupo das garotas mais populares do local, comandado por Regina George (Renée Rapp), a abelha-rainha da escola. Inicialmente, Cady sente que as coisas podem funcionar e que ela consegue se encaixar entre as novas amigas, mas a situação começa a fugir do controle - principalmente depois que ela se apaixona pelo menino errado.
Sim, o lance tem todo jeito de típico filme de colégio estadunidense e tal. O que traz umas coisas interessantes. Nessa nova roupagem, a figura masculina é posta bem mais em segundo plano.
Também fica latente a preocupação (com um quê de comercial, talvez) em dar maior espaço ás pessoas, não somente para brancas e brancos.
O musical deixa evidente seu posicionamento contra o conservadorismo. Até me surpreendi. Pode ser que, antenada aos dias atuais, a produção tem linguajar mais pesado do que o original.
Segundo minha parceira de assento de cinema, o filme de quase duas horas situou muito bem o papel das redes sociais com a geração que vive nela. Coisa que, ainda em suas palavras, a maioria das produções sobre e para esta galera deixa a desejar.
Já em casa, a gente (re)ver o longa que deu origem a tudo isso - acha fácil nos streamings - depois da ida ao lugar que alguns pagam ingresso para clicar a opção telinha do celular a assistir e desfrutar da tela grande, facilita as comparações. Para o bem ou para o mal.
Outra diferença entre as duas produções são as músicas. Na primeira, o rock meio que dava o tom, rola até um cover bem mais ou menos de Dancing with myself, do Billy Idol.
Na atual, o pop/dance dá as caras, momento que me dou conta de já não ser tão mais jovem assim, o que traz mínima sabedoria (?) ou maturidade (?) de achar graça em cenas onde a meninada fica tensa. Detalhe importante, assistimos em versão dublada, porém, deixaram as vozes originais nas canções. Ufa, né?!
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Tina Fey |
Sobre a atuação do elenco, se tivesse de apontar destaques ficaria com Reneé Rapp, Auli'i Cravalho – faz a Janis, primeira a ser amiga de Cady no colégio – e Bebe Wood – que interpreta Gretchen, do núcleo duro do time Regina George. Menção honrosa à Tina Fey, a professora Norbury. Mas, nessa, sou suspeito, admiro seu trampo de outros carnavais.
É isso. Fica a dica. Talvez esteja longe de ser da sua seara. Musical, “clichezinho” de filme de colégio dos EUA, e por ai vai.
Em contrapartida, edição e direção bacanas, alguns momentos sutilmente progressistas, e, sobretudo, acima da média de comédias adolescentes. Esta última opinião, de quem tem conhecimento de causa. Tenho muito a aprender com minha menina favorita.
Ah, ela, elas, a maioria, aplaudiram o filme. Coisa que não entendo bem, em salas de cinema – se tiver alguém ligado à produção tudo bem - mas, de boa.
Aliás, momento aleatório, lembrei de uma frase, quem me conhece vai mandar um “de novo?!”. Vai assim mesmo. Dou crédito à PJ Harvey – talvez seja mais antiga - no fim da década de 90.
“Garotas boas vão para o céu. Garotas más vão para qualquer lugar”.
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Ah, dois links em que dei uma olhada:
- Meninas Malvadas: O Musical – Do Adoro Cinema
https://www.adorocinema.com/
- Meninas Malvadas: a tracklist da trilha sonora foi revelada – Do site begeeker https://www.begeeker.com.br/
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