Ver SAM 72, No Name, Impossíveis tocarem é sempre diversão na certa

Foto: Blog do Kishô

Opa, beleza?!


Sábado passado, depois de sei lá quantos anos fui em um rolê rock. Sabe, há umas semanas, pá de gente nesse Brasilzão curtiu muito o retorno do Titãs em sua formação quase toda original – 100% não rola por motivos óbvios. A não ser que façam estilo Kombi Elis Regina/Maria Rita.


No caso titânico, disseram algo como o rock brasileiro ressurgiu, ressuscitou, saiu das catacumbas. Caraca…que coisa. Ow, tem muita coisa bacana rolando. Que essa onda reverbere muito além dos nomes conhecidos. Né?!


Então, se for nessa toada, posso dizer que o rock em Campo Grande vive! Ir em um lugar e ver SAM 72, No Name, e Impossíveis, é de um revival muito massa.


A localização do bar em si já é uma coisa nostálgica. Lá na José Antônio, perto do Obelisco, da Afonso Pena, região coração de Campão. A poucas quadras do pico em que o trio Monsters of Rock da cidade fez o som da vez ficava a Rock Show. Eu frequentava mais quando a loja era na galeria que dava na 14 de Julho, mas de boa. 

O negócio dá uma saudade porque há uns vinte anos em frente ao canteiro da Afonso, às vezes rolava shows e tal no fim de semana. Era muito, muito legal,


Volto à noite de sabadão. O reencontro da galera tinha a ver porque o pico conseguiu chegar aos cinco anos. O que convenhamos, em uma cidade claramente agrosertaneja é digno de comemoração mesmo. E, eu só soube do bar agora. Vai vendo se não estive bem fora da casinha.


Desde que vi um post no Instagram sobre a bagaça, há umas duas semanas antes, eu acho, já tinha pensado em colar por lá. Eu gosto bastante das três bandas. Conheço um ou outro de cada uma e, ainda por cima, sem precisar pagar para ver, fica difícil arranjar desculpa.


Daí que uns dias perto do 5 de agosto, em trânsito, esperando o sinal verde, eu no carro ouvindo um rap, indo para casa, alguém buzina ao lado. Era o Cebola, dos Impossíveis. “A gente vai tocar sábado! Vai lá!”. “Opa, vou sim”. Nem sei se ia mesmo, mas depois dessa, recebi como um sinal. Que abriu. Bora lá então, né.


Pessoal dando um tempo fora do bar - Blog do Kishô

Na vibe “os anos 90 são os novos anos 80”, rever logo na entrada do bar o Renê, acho que era ele, irmão do Tuca (eita, parece aquelas coisas de música que fala dos caras e como se todo mundo soubesse quem é). Pisei lá dentro e trombo com o onipresente Kão. Aliás ele que me viu. Já regulando o som para abrir a noite com o SAM 72.


Clima de camaradagem explícita. Do pessoal que tocava, bebia e curtia o rock na cidade principalmente nos anos 90, início de 2000.


Certeza, hoje está bem melhor para respirar, mas confesso – e não me leve a mal - às vezes sinto falta daquela fumaceira de cigarro e outras coisas, acho que dava um ar mais “sujo”, de pub, como disse a Yara. Amigona minha. Ela e o Maciel estavam por lá.

Amizades de longa data, fiquei bem feliz de rever o casal. Gente que passa energia positiva, saca? Boa companhia até a última música tocada. Encontros inesperados geralmente são bacanas.


Kão, a 'lenda'  - Blog do Kishô


O punk rock sem caô do SAM 72 abriu a noite, com direito a discursos de um Kão emocionado com a presença da velha guarda por lá, e a sua tradicional alusão ao Nugget (entendedores, entenderão). Ah, claro, sua declaração de amor a Campo Grande depois da música que fala da Cidade Morena e interprete do jeito que quiser.


Depois foi a vez do No Name. Quem me conhece sabe que tenho essa banda como uma das melhores que já vi por aqui. Na real, foi um dos motivos que me levaram até o bar.


A performance do Mark no vocal segue muito boa. Guigui manda muito na guitarra, e por aí vai. Um som competente. “No fi” é porrada sempre. Crássico. Tem umas partes que me lembra o Welcome To Planet Motherfucker, do White Zombie. Aliás, boas referências certamente não faltam no trampo deles.


A banda ainda emendou um Shout, do Tears For Fears, versão porrada.

Deles, The Heaven e tal. Que seja um retorno duradouro. Qualidade e gosto eclético para fazer assim, um barulhinho bom, eles tem.


No Name na cena - Blog do Kishô


O lado positivo, e põe positivo nisso, da ausência de fumaça by nicotina dentro do lugar, no caso o  Barba Rock Bier Haus, é ver gente trazendo moleque, moleca para curtir um som. Até que tem bastante gente cuja fisionomia não me soou familiar. Isso é dá uma esperança de rock melhores na cidade.


Para fechar, galera dos Impossíveis botaram um peso nas músicas que confesso, me pegou de surpresa. Fez a alegria dos carentes que gostam de dançar sem regrinhas, dando uns empurrões, e tal, tudo na paz.


Quem achou que seria a playlist mais calma, para encerrar o lance, se enganou. Haja fôlego para saideira após saideira. Quem derramou mostarda? E o Zumbi da Avenida Calógeras? E o Escorregador? Cebola teve de tomar fôlego para seguir com a bagaça.


Um cover do The Stooges foi bem da hora, gosto pacas de I Wanna Be Your Dog, e, claro, Ramones não podia faltar por uma banda que literalmente veste a camisa da icônica banda de Joey, Johnny, Dee Dee, e por aí vai.


Hora de ir embora. 11 da noite, toque de recolher. Eu, que tinha como meta vazar bem antes, não consegui arredar o pé. Música boa, bebida idem, conversa também, reencontrar figuras, velhos conhecidos, fizeram esticar um pouco mais. Coisas que o Rock faz. Obrigado a todas e a todos!


Impossíveis saideiras - Blog do Kishô



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