A Covid e a mórbida prática de apontar culpados. Enquanto isso, haja quarentena

Imagem: saude.gov.br



Aqui em Campo Grande o número divulgado de casos e mortes pelo tal corona é inversamente proporcional ao de reuniões e festas. Mistério de tirar o fôlego.

Mesmo assim, o vírus sobe de elevador e apavora o pessoal dos hospitais. Enquanto isso, muitos acionam o modo "agora, o que resta? Ajoelha e reza". Infectologista não sou, especialista tampouco, e ambos concordarão comigo. Acho eu.

As autoridades não souberam explicar ou muita gente passou longe de querer entender que quanto mais tempo isolado no começo a chance de sair de casa menos tarde seria maior. Menos gente em UTI, entubado, a respirar por aparelhos. Menos lágrimas. Porém, preferem acreditar que é mimimi.

Vejo notícias que a economia reagiu após a flexibilização. Caro e cara, me soa tão mórbido. Economia besta. Bestial. Do conforto do home-office ou das sessões remotas em câmaras, assembleias, etc, é fácil. Ah, paciência, vai morrer sete, oito mil, mas a economia tem de continuar. Lembra disso? Nada Justus. Põe dez vezes mais nesta conta desastrada.


Na boa, se tivessem ouvido a ciência, que também erra pois o que acontece é inédito para ela também porém acerta muito mais do que aqueles que só negam - provavelmente agora muito mais coisa estaria aberta para vender e fazer girar a tal economia. Com desconto em massa de vidas preservadas.

Ainda não caiu a ficha? O Brasil passa vergonha até diante dos vizinhos Uruguai ,- sabia que os uruguaios podem desembarcar na Europa? - e o Paraguai, aquele país que muitos amam desprezar ao tirar o sarro mas não admitem - tem números bem, mas bem menores que muitos estados com menos população?

Daí, eu às vezes, você idem, entretanto muitos preferem culpar algo ou alguém. E vira um círculo vicioso. Haja quarentena. Escrevi em outro post que essa batalha já perdemos. Só não imaginava que a chance de do genocídio ganhar marcas superlativas é real.

Faça o que for possível. Use o bom senso, tente se colocar na pele do outro um pouquinho ou um poucão. Sei, dizer é fácil. Sinto muito. Todos os dias. Resistir é preciso. Se cuide. Abraço.


* Em breve, estaremos em novo endereço. Aguarde e se puder, pode dar uma força agora também. Parece fácil, mas isso aqui dá um trabalhão. Prazeroso. Mas dá. Quem sabe, se pingar um apoio a gente aumenta a produção ou sei lá cria uma rede por whats. Ideias, ideias…

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