Vinte e vinte. Entre as promessas de ano novo, volte a apaixonar-se

Foto: Luciano Shakihama

Dois mil e vinte começou e nem parece. No fim do ano, aquele monte de mensagem bonitinho estilo “respeite quem pensa diferente de você”, “escute mais o outro lado”, “mais alegria e menos briga”. Pessoal curtiu, compartilhou, escreveu. Pena, só vale para o mundo virtual.

O sistema segue bruto. Incêndio na Austrália. “Tá vendo?! Só fala quando é no Brasil, né!”. “Cadê aquela garotinha que não vai para a escola e ainda consegue ser capa de revista para falar agora?”. Meu deus. Quando vejo marmanjos neste nível, quase a babarem de sei lá se é ódio ou o quê. Já parou para pensar que ela, apesar de tudo, é uma garota. Especial. Em todos os sentidos. Mas, only a girl. Nem política é.
Imagina essas pancadas em seu filho, filha, sobrinho, neta. “Ah, mas aí é diferente”, “até parece quevai falar essas asneiras”. E, se dizer, você vai deixar ele ser detonado por um monte de gente grande que tem medo de encarar os do tamanho deles (ou os engravatados de maiores)? Ou, vai tentar no mínimo dialogar com sua criança?

Só para constar, a pirralha já falou sobre a terra dos Cangurus. E, não foi de agora.
Dá um look aí, é do dia 22 de dezembro.
Twitter/Reprodução

Aí vem morte no Oriente Médio. A principal preocupação é com os humanos que moram lá e não tem nada a ver com essa briga para vender armas. Já que fabricam aos montes, tem de ter um jeito de fazer vender. Nem que seja com um empurrãozinho, umas bombas e tal.
Ok, ironizei. Preocupação com os humanos? Pessoal que é cidadão de bem está mais preocupado é com o preço da gasolina. Depois do “a culpa é da China”, no caso da carne, agora vem aí a versão “a culpa é do Irã, Iraque, aquele povo lá”. O governo é refém disso. Pelo menos desde janeiro de 2019. Antes disso, acho que não, o presidente, os ministros, é que eram incompetente mesmo.

Sabe, munição para desacreditar tem à beça. Racionais no fone, Falta os dedos das mãos e dos pés. Geral tá sem chão. Nem vou contar mais.

Seja como for, vinte vinte está só a começar. Esforçar é preciso, resiliência é necessária, mas amar será fundamental. Voltar a se apaixonar é preciso. Por você, pela outra, pelos outros, para achar um alguém, pelo que você gosta de fazer. De verdade. Sem se preocupar com o que os outros falam. Ou filmam, postam, escrevem. Caraca, parece aquelas promessas de ano novo, de segunda-feira. Se fosse fácil não seria difícil, já diria o filósofo anônimo contemporâneo.
Tranquilo. Muitos, de repente, nem aí estão. Se contentam em um caos quase autofágico. Você, que fica na plateia, meio constrangido, precisa bater palmas para estes tipos, não. Para eles baterem em você, é daqui para ali. Pense nisso.
Sou um idealista ou sonhador, tanto faz. Já falei isso. Ás vezes, confesso que esqueço. Ou não transpareço. The XX no fone. Está na hora de juntar os cacos e voltar. A se apaixonar mais.
Abraço.
Opa – Gente, eu curto música leigamente. E tenho uma lista lá no Spotify. É o Playlist do Kishô. Vez ou outra eu tiro umas faixas, ponho outras. Tem desde Bêbados Habilidosos, Chico Science, até Falamansa, Rage Against the Machine, MC Cesar e por aí vai com coisas nem tão conhecidas. Se quiser dar uma escutada lá, de boa. Escuto sugestões também. Valeu.

* E aí, curtiu o texto?! Diga aí o que achou e tal
** Contate a gente pelo fone/whats (67) 9.993-9782 e-mail lucianoshakihama@gmail.com ou por aqui mesmo.


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