Um dos melhores discos de rock-porrada-protesto já é quase trintão
Reprodução da capa do álbum |
A ideia no começo
era compilar dez músicas de protesto. Parei quando tinha cinco em
língua portuguesa e três gringas. A cabeça parece que ia estourar.
Muita coisa e para a mente e ser (dis) traída e o coração idem,
seria dali para cá.
Como não li, vi,
nem escutei nada de “novo” que merecesse por esta semana – só
violência com menores, idiotas doidos para serem nazistas, e afins
(dias pesados estes) – busquei ver a idade de alguns álbuns que
jamais deixarei de curtir. E compartilhar.
O álbum Rage
Against The Machine foi lançado em dezembro de 1992. Zack de la
Rocha no vocal e Tom Morello, na guitarra, são os caras conhecidões
da banda sem vergonha de ser militante. O grupo californiano ainda
tem Brad Wilk na bateria e Tim Commerfold, no baixo, que detona na
minha música preferida deste álbum: “Township Rebellion".
Se você assistiu
Matrix, a música que fecha o primeiro filme da série tem a faixa
Wake Up. Que, certeza, deve ter impulsionado e muito a banda que se
separa por uns tempos, mas sempre volta. É verdade, desde 2000 não
voltam ao estúdio para gravar um trabalho novo. Mas, deixa para lá,
falemos do primeiro álbum.
São dez faixas,
quase 53 minutos de uma sonzeira que mistura rap e rock pesadão do
bom – se você não curte estes estilos melhor abortar a ideia –
aliado a letras que detonam pilares conservadores e insuflam a
rebeliões com foco desde ao capitalismo predatório até a dominação
das massas por meio da religião. Daí creio que vem o que muitos
consideram o “hit” do RAM. E/ou a melhor música dos caras.
“Alguns dos que estão no poder São os mesmos que queimam cruzes/ Some of those that
work forces/Are the same that burn crosses)”. Assim começa Killing
In The Name. Arrepia.
Um parênteses sobre
essa tal religião. A capa do disco representa um monge Budista do
Vietnã, que se imolou até à morte em Saigon em 1963. Ele
protestava contra a opressão que os budistas sofriam no país. A
fotografia original, de Malcolm Browne, ganhou o Prêmio Pulitzer de
Fotografia e o World Press Photo de 1962. Copiei e colei do
Wikipédia.
Agora, uma nota
minha talvez nada a ver – Sempre quando vejo essa imagem lembro do
Franselmo, que em 2005 ateou fogo em seu corpo em pleno centro de
Campo Grande durante protesto contra instalação de usinas de cana
de açúcar na região do Pantanal. Com certeza, Zack de la Rocha e
companhia não seriam contra a lembrança.
De volta ao álbum
do Rage, a última música leva o sugestivo nome de Freedom.
“Environment
The environment
exceeding on the level Of our unconciousness/ Meio-Ambiente O
meio-ambiente está excedendo o nível Da nossa falta de
consciência)”.
E, vamos que vamos
Freedom, yeah
Freedom, yeah right
Freedom, yeaah!
Freedom!
E, aí, o que achou?
Gostou?
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