Um aparte para o basquete, outro ao futebol, mais um...

*Publicado na edição de sábado (13) do jornal O Estado MS

Muitas coisas boas para palpitar, e, ao mesmo tempo, uma dificuldade gigantesca para escrever algo que você não tenha lido, ouvido, discutido, trocado de site, de canal, de ideia. Então vamos a elas.

Parte 1: Mundial de basquete. Quem não teve a chance de assistir Brasil e Argentina, no domingo, pelas oitavas de final, perdeu. Pena a televisão aberta ceder tão minguado espaço a outros esportes que não aquele que tomamos de 7 a 1 da Alemanha. A vitória do time brasileiro encerrando uma freguesia de longa data diante dos hermanos foi emocionante. Não sou Barrichello nem Thiago Silva, mas segurei para que a felicidade não resultasse em lágrimas. O problema foi que dias depois, entramos em quadra como favoritos e perdemos de mais de 28 pontos de diferença para a Sérvia. E foi-se embora a chance de brigar pelo menos por um terceiro lugar. Teve muita gente que comparou a acachapante derrota com o baile alemão em Belo Horizonte a pouco mais de dois meses. Menos, menos.
A peleja de basquete não foi dentro de casa, e nunca nos consideramos o país da bola ao cesto. Mesmo sendo dono de dois títulos da competição, sem contar o título no feminino, que completará 20 primaveras este ano. E, só mais uma coisa, não, duas. Na Espanha, o selecionado de Varejão, Splitter, Nenê, Leandrinho e companhia fez apresentações convincentes (lógico, o último jogo não conta). Ao contrário de Felipão e companhia. Aos que culpam o técnico Magnano, muito pelo fato de não ser brasileiro, o argentino foi o responsável em 2011 por fazer a seleção voltar a Olimpíada depois de 16 anos.

Parte 2: Seleção Brasileira. A nova era Dunga começa com duas vitórias. Ainda é muito cedo para avaliar algo. Apenas que, à primeira vista, o esquema tático segue o mesmo: Neymar, não se machuque!

Parte 3: Brasileirão. O segundo turno começa com bons públicos. Pontinha de inveja principalmente pelas partidas que acontecem na Arena Pantanal, em Cuiabá. Escrevi neste mesmo espaço, antes da Copa, que o novo estádio teria como consequência rarear os jogos da Série A no Morenão. Pois é, 38 mil torcedores para Flamengo e Goiás. Se cada um destes presentes gastou no estádio, ou fora dele, em hotel, transporte, alimentação, módicos R$ 26, chega-se a um retorno de R$ 1 milhão. Nem vou falar mais nada.

Parte 4: Futebol sul-mato-grossense. O que parece ruim, dá sinais de piora. Não bastasse o papelão nacional promovido pelo Itaporã, clubes desistem de disputar o Estadual Série B, e no Sub-19, a impressão que se tem é que o time que garantir ambulância para o seu jogo deveria ter vantagem do empate. E a federação diz que a culpa tanto na Série D, Estadual, Sub-19 é dos clubes. E os dirigentes das equipes, como aquele menino que fica envergonhado ao levar uma bronca, abaixa a cabeça sem dar um pio. Cenário bem diferente dos primeiros meses do ano, quando a unanimidade reinou e todos estavam em paz, felizes, com o melhor campeonato estadual dos últimos tempos. Ou não? Foi “maio” ou menos isso.

Parte 5: Caso Aranha. O tempo passa, o tempo voa, e... nada. Multiplicam-se os “fatos” como entrevista na televisão, palavra do Rei Pelé, e, agora, fogo (amigo?) na casa da torcedora. Parafraseando o professor Raimundo, “e a Justiça, ó?!”

Parte 6: STJD. Que fui contra desde o começo de punir o clube (Grêmio) de um torneio, são favas contadas. Pune-se quem atacou o goleiro santista, e não só a torcedora, e pronto. Mas, já que puniram o time, méritos (ou não) para o “Superior” Tribunal de Justiça Desportiva. O mesmo que reduziu a punição do jogador Petros, do Corinthians, que agrediu o árbitro, de seis meses de suspensão para reles três partidas. Assim, fica difícil não dar margem às críticas sobre dois pesos e duas medidas, falta de critério e por aí vai.


Só queria saber se estes “jênios” conseguem dormir com a consciência tranquila. Pensando bem, prefiro que guardem a resposta para eles. Mesmo. Boa semana a todos.

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