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Mostrando postagens de abril, 2025

Só vi agora, Babygirl, como é difícil ficar por cima

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Só assisti agora. Semana retrasada, para ser mais exato. Encerrada a produção de quase duas horas, a impressão inicial é Babygirl ter altos e baixos. Depois, o longa dirigido pela holandesa Halina Reijn me fez pensar mais um pouco. E, me deixou meio confuso. O que é bom. A começar pelas sinopses encontradas por aí. Ainda bem que o filme é bem conhecido. Núcleo principal tem Antonio Banderas, Harris Dickinson, e, Nicole Kidman. Novidade para zero pessoa que admiro muito a australiana.  Neste longa, Kidman é Romy, CEO poderosa, bem sucedida profissionalmente, mãe de família, tem um marido gente boa, o Jacob (Banderas), e tal. Daí, ela se envolve com o estagiário Samuel (Dickinson). No geral, o filme é tratado como suspense – não entendi muito bem os motivos – e erótico. Sei lá, nem vou entrar nessa seara. E, também, levar as coisas somente por esse lado é reduzir a produção que teve boas recepções em festivais importantes. Críticas para todos os gostos. As da The Wrap/Variety, tirada...

Só li agora, Um Conto de Duas Cidades cai bem em tempos de cólera

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Só li agora. Aproveitar que o 23 de abril é Dia Mundial do Livro – sinceridade constrangedora, nem tava ligado nisso - a dica é Um Conto de Duas Cidades. Classicão – um dos - de Charles Dickens. Tropecei nesta obra sei lá porquê. Apareceu pra mim na Skeelo, de grátis, e aconteceu. Que bom. Lançado em 1859, o catatau de umas 400 páginas tem como pano de fundo a Revolução Francesa. Mais precisamente, o terror em que se transformou a bagaça. O motivo foi nobre, a crueldade bem retratada pelo romancista britânico que viveu de 1812 a 1870 não poupa nenhuma classe social. Se você é uma dessas, deixe a primeira impressão de lado. Os cento e sessenta e poucos anos da obra prima desabonam nada aos dias de hoje. Tem drama, romance, aventura. E, claro, crítica social a dar com pau, literalmente. Basicamente, Um Conto de Duas Cidades… vixe, difícil o tal basicamente. A história começa anos antes de estourar a Revolução, em 1789. Entre Paris e Londres. Liberdade, Igualdade, Fraternidade ou Morte. F...

Temporada 7 de Black Mirror mantém o nível. Giamatti e Emma Corrin também

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  A sétima temporada de Black Mirror já valeria apenas por me apresentar Emma Corrin e reafirmar o quão baita ator – e injustiçado - é Paul Giamatti. Mesmo se você é meio contra ficção e tal, devia dar uma chance para a série britânica. São seis episódios que saíram neste mês. Como o pessoal que manja fez a lista de qual é melhor, qual é pior, e tal, meu pitaco é que na média, o pacote é bem bom. Lembro as pessoas desavisadas – se é que tem – que na série que teve a primeira temporada lá em 2011, exibida no Canal 4 da Televisão do Reino Unido, os episódios escritos por Charlie Brooker não têm continuação. Há gente que já larga mão quando sabe disso, então, mais uma vez a lembrança. Na linha da primeira impressão é a que fica. Fica responsável por fazer você seguir com a série, Pessoas Comuns dá o recado. O episódio dirigido por Ally Pankiw aborda a história de um casal bacana que entre outras coisas deseja que a mulher engravide. Amanda (Rashida Jones) sofre um acidente grave, e em...

Feriadão em stop e motion. Wallace & Gromit é a dica de boinha

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Dica bem de boinha pra esse feriadão. Wallace & Gromit: Avengança. O longa animado da série britânica foi indicada ao Oscar. Tudo bem, competir com Flow não tinha jeito. Ainda quero assistir Robô Selvagem, e Memória de Um Caracol.  Fora isso, é boa pedida estilo ambiente familiar. Os diretores Nick Park e Merlin Crossingham, em quase hora e meia, mantêm o nível. Embora, do mesmo Nick Park, prefiro Wallace & Gromit: A Batalha dos Vegetais (2005), e A Fuga das Galinhas (2000). A franquia segue positivamente com a técnica stop motion. Gosto muito.  Vamos de sinopse Netflix: Uma invenção tecnológica de Wallace sai do controle, e ele é acusado de uma série de crimes suspeitos. Então, o cachorro Gromit entra em ação para salvar o tutor. De modo leve e lúdico, produzido pela Aardman Animations e BBC, a animação dá uma espinafrada no modo sedentário-deixa que robôs e tecnologia façam o trabalho pesado – que muitos desejam. Esforço zero.  Essa fita preguiça me lembrou outr...

Crimes do Futuro vai fundo nas entranhas do corpo

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  O bom dos filmes dirigidos pelo canadense David Cronenberg é que geralmente são “estranhos”. O ruim, também. Crimes do Futuro, de 2022, marcou seu retorno às telonas depois de oito anos (com Mapas para Estrelas). O diretor estava com uns 79 anos quando da época de Crimes of the Future. Espero que não demore mais oito… Dito isso, o longa ao que parece teve mais sucesso entre os críticos. Foi ovacionado quando exibido em Cannes (2022). Mas, não levou. Perdeu para Triângulo da Tristeza. Deu vontade de assistir esse. Bom, Crimes of The Future é ficção científica ao estilo Cronenberg. O longa se passa em um mundo em que alguns corpos nascem com órgãos a mais e ainda desconhecidos. Nessa parada, Viggo Mortensen faz o artista performático Saul Tenser. É sempre bacana ver ele nestes papéis nada a ver com o Senhor dos Anéis. Capitão Fantástico também o novaiorquino manda bem. Até porquê depois de uns 15 anos desde o blockbuster comandado por Peter Jackson, o corpo dificilmente é a mesma c...

Filme 1922, ou como a vida vira um poço sem fim

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Foi lançado em 2017, só vi agora em 2025, o filme 1922 é um bom entretenimento. Produções baseadas em livros de Stephen King resultam em coisas boas (It-A Coisa), ou nem tanto (Tommyknockers). Este longa de pouco mais de hora e meia encaixa na pasta Dicas. Entonces, em humilde pitaco, vale a pena dar um confere na direção do australiano Zak Hilditch. Assisti na Netflix, que manda a sinopse: Um fazendeiro confessa o assassinato da esposa. E esse é só o começo desta trama macabra baseada num livro de Stephen King. O fazendeiro em questão é Wilfred James, interpretado e bem por Thomas James. Ele é literalmente raiz. Não quer sair de sua terra, diferente da mulher, Arlette, vivida por Molly Parker (tinha um rosto conhecido, aí fui ver e ela esteve em House of Cards). Ela deixa claro que morar no campo não é pra ela, tava a fim de vender o terreno por uma boa quantia – havia gente interessada - e ir para a cidade. Porém, aparentemente, era voto vencido, pois o filho ainda adolescente Henry,...

Só vi agora, Carvão já mostrava que filmes BR têm muita lenha pra queimar

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  De um podcast, sobre o tornado Ainda Estou Aqui, a entrevistada - esqueci o nome, foi mal – citou outras produções brasileiras que vieram antes e prenunciavam o momento do cinema nacional proporcionado com o Oscar. Só assisti agora, Carvão foi uma das citadas. Parece que tem em vários streaming (Globoplay, Amazon Prime, YouTube, Google TV, Apple TV).  Lançado em 2022, dirigido pela paulistana Carolina Markowicz, o filme tem uma pegada “as aparências enganam”. O longa rodado no interior do país, mais precisamente Joanópolis-SP, retrata teoricamente uma típica família rural, mãe, pai e o filho. Casa onde falta muita coisa, e Irene meio que é a espinha dorsal familiar. De quebra, precisa cuidar do pai idoso acamado, que necessita de cuidados médicos, como cilindro de oxigênio, por exemplo. Irene, interpretada com competência pela brasiliense Maeve Jenkins – vai me fazer assistir O Som Ao Redor (2012) novamente - junto com o marido Jairo (Rômulo Braga), tem uma modestíssima ca...