Dica de 400 páginas: Os Últimos Soldados da Guerra Fria


É, já fazem quase sete anos que ganhei de aniversário “Os Últimos Soldados da Guerra Fria”. Do Carlos Henrique Wilhelms. Também jornalista. Faz um tempão que não o vejo. Faz mó cara que não encontro ninguém. Brigadão pelo presente. Foi mal aí ter lido só agora. Valeu, mesmo.

Demorei tanto que fizeram até um filme baseado na obra do Fernando Morais e publicada pela Companhia das Letras. Do mesmo autor li e gostei mais do Corações Sujos que, se não me engano, também virou material para longa-metragem. Dizem que Olga é melhor. Esta ainda me falta por perto. Porém, não duvido.

Volto ao livro. É de 2011. Momento Rubinho: só soube que foi para as telas de cinemas agora. Quando der, assistirei. Perdi a chance daquelas coisas, “ah, o livro é melhor”, “no filme não tem como passar tudo que tem na obra”. E, se o longa dirigido pelo francês Olivier Assayas for mais interessante, o que que tem? Que coisa. O trailer de Rede de Espiões – Wasp Network estará ao fim do texto.

Volto ao livro, parte dois. Na boa, antes de começar a ler a primeira das 412 páginas, acreditei que seria uma espécie panfletária pró-Cuba. Mais ou menos. Mais para menos. Bem resumidamente, a super matéria em forma de livro narra a história dos cubanos que infiltraram-se nos grupos anticastristas em Miami. Espionagem com sérias restrições orçamentárias. Nada de James Bond, os caras e as caras tinham de ralar para manter os empregos de fachada. E, Cuba ajudava com uma merreca.

Pela frente, era a época em que as entidades anti-Fidel recrutavam principalmente latinos, mercenários, explodiam hotéis turísticos em Havana, jorravam por meio de aviões panfletos contra a ditadura que perdura até hoje na ilha. Tudo com o governo norte-americano a fazer vista grossa, quem sabe até deu uma força em destruir campos da agricultura cubana por meio de meios químicos jogados por avião. Sim, tio Sam também faz dessas.

Calma, Fernando Morais é longe de ser Fernando Morais á toa. Está tudo lá documentado. Junto com o pacote de quem sabe escrever como se fosse roteiro de um bom filme de ação. E, drama também. Tem até uma “participação especial” de Gabriel García Marquez como garoto de recados da dupla Clinton-Fidel.

Se você se interessou em ler a obra, vou parar por aqui. Antes, só mais uma coisa: rola uns drama e barracos familiares no meio. Talvez, para o leitor dar aquela respirada. Talvez. Como disse, não assisti ao filme que tem um pessoal bom no elenco, mas certeza que sem uns perrengues que envolvem família, perde muito da “graça”.

E é isso. Uma dica em tempos de vírus. Espalhar o gosto pela leitura em tempos de quarentena é uma, né?! Alguma sugestão?

Se cuidem.

Um abraço, mesmo de longe.

Segue o trailer do filme



Spotify: Playlist do Kishô – As últimas cinco músicas (agora são 138 e a meta é chegar aos 200) que salvei lá na lista são:


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