“Se eu pegar, o azar é só meu”. Não, não é.
AlCool Gel - Luciano Kishô |
Gente, sei,
geralmente sou do contra. Mas, o que é ser do contra em tempos de
pandemia? Sabe, na maioria dos países o esforço para conter o
tiozinho COVID-19 é em conjunto. No estilo, nós, eles, todo mundo e
vamos que vamos.
Mas, no Brasil…
Sério, aonde foi que errei? Erramos? Cautela e canja de galinha não
fazem mal a ninguém, diz o ditado. Para o Brasil edição 2020 isso
não serve nem de entrada. “Fiquem em casa”, reconheceu o
fanfarrão hoje infectado primeiro-ministro britânico. Thanks por
ficar em casa. Em inglês total, isto é um trecho do governo dos
Estados Unidos de agradecimento aos seus para quem stay here, em suas
residências.
Entretanto, no país
tropical abençoado, por deus...meu Deus.
“Ah, mas aí vai
ter um monte de desempregado. Empresas vão quebrar”.
E dá-lhe carreata
para quem defende que a nova coronavírus é um resfriadinho, uma
gripezinha. Sai do carro então e abraça todo mundo que vier pela
frente, então?! Melhor mandar seu empregado, né não?!
Não me importo se
você votou no tiozinho. Sim, me importo se você ainda defende ele
depois de tanta barbaridae. Se sim, vai fundo. Pegue a estrada, vai
para Brasília hoje mesmo, faça um selfie com ele. E daí que ele
não apresentou o exame que deu negativo para o teste?
#somostodosatletas
Mas, nem vem.
Prefiro pecar por excesso. Por quê? Jogue aí na pesquisa da
internet: “prefeito de Milão se arrepende”. Itália, primeiro
mundo, serviço de saúde idem. Europa geral agora conta seus mortos
dia após dia. Subestimaram grandão. Imagine, quando chegar no
continente africano… Que coisa.
Mas, dá nada não.
O clima europeu é diferente do nosso. É?! Fala isso para as
famílias dos quase cem brasileiros mortos pelo vírus enquanto
escrevo (sábado, 15h de sábado, dia 28). Quero ver achar ambiente
para isso.
Ah, mas a economia
não pode parar. Rapaz, como disse os caras do podcast Chutando a
Escada, prefiro ver um trabalhador desempregado do que morto. O
desempregado pode achar algo depois enquanto fica em casa, beija sua
esposa, seus filhos, se confortem. Você votou, agora está mais do
que na hora de cobrar dos seus eleitos uma ajuda. É de necessidade
mais do que pública.
Porque o privado,
privatização, que vocẽ tanto defende, não. Não vai te ajudar.
Antes eu do que você rárárá. Nessas horas, é o Estado que se
vire. Mais do que SUStento essa ideia.
Olha, já deu.
Talvez eu esteja isolado. Demais. Como diria fulano de gosto
duvidoso, eu tenho minha opinião, você tem a sua. Na dúvida, fique
com a sua.
Só se cuide e não
chegue perto de quem democraticamente discorde de você.
Literalmente, por questão de saúde apregoada pela Organização
MUNDIAL da Saúde.
Sem abraço, por
hora. Sofra agora, sorria depois. Se cuidem.
Spotify: Playlist doKishô – Devido à correria vou ficar a dever alguma novidade. Foi
mal.
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