Sou doente por esporte, quero uma Olimpíada sarada


Foto: Divulgação



Pratiquei beisebol uns dez anos. Faz tempo. Não sei se todo atleta é assim, mas a maioria devia pensar igual a este que um dia já foi digamos, um corpo são. Hoje, tá mais para quantos copos são.

O fato é que você treina, treina, treina. Dias, horas de esforço, ás vezes até chato e tal, perde de ir em uns rolês aleatórios, até chegar o campeonato. Na boa, como diria o “filósofo contemporâneo”, treino é treino e jogo é jogo. Mesmo.

Se pudessem, garanto, geral pulava esta parte de repetição e já ia logo para a competição. Sim, treinamento é fundamental. Cada vez mais, diga-se de correria. Mas, o bom mesmo para o atleta é ver em que nível está. De preferência, em um campeonato, torneio, etc.

Quando é fora da sua cidade então, aí é monstro. Viajar é preciso (tudo bem, neste momento, nem pensar). Para disputar uma competição nacional, um regional, amistoso, sensação boa. Conhece gente, troca ideia, se diverte na medida do possível. Agora, imagine uma Olimpíada… putz, arrepia só de pensar.

Em meus devaneios, há uns dois anos, esboçava em meus pensamentos ir a Tóquio. Uma cobertura de olimpíada, paralimpíada, deve ser um dos pontos altos de quem ama o esporte. Desejaria ir mesmo se fosse para ficar um dia, de espectador. Sentir o clima olímpico, mesmo já tão comercial. Sempre tem alguma chama raiz resistẽncia para contar história.

O bagulho deve ser louco. Quem já foi, não esquece, só fala coisa boa. Pensa então o atleta, a atleta de alto rendimento, pertinho de realizar o sonho. Puta vontade de já estar lá, certeza. Só que não. Não agora. Não desta forma. Desculpa, mas vai aí mais um não. Não pode ter olimpíada em julho, e nem paralimpíada marcada curiosamente para começar no aniversário de Campo Grande.
Olha, essa tal COVID-19 fez, faz, e vai fazer estrago. Pacas. Viralizou de um jeito jamais visto. E, tem uns inconsequente que chama de “gripezinha”. Sem chance de apertar a mão de um cara desse... deixa para lá.

Uma pá de competição preparatória e seletiva para Tóquio 2020 foi suspensa ou cancelada. Como que vai fazer os atletas chegarem bem lá na hora do vamos ver. Mesmo se no Japão já estiver tudo em ordem em termos de saúde, muita parte do globo terrestre ainda estará na lista da pandemia. De repente, se a Terra fosse plana era só por uma cerca e borrifar fumacẽ já resolvia.

Claro, dói muito ter que adiar ou deixar todo um trabalhão que envolve milhares para mais adiante. Ou 2021, que seja. Mas, hoje, é forçar a barra. Sob pena de ser uma olimpíada murcha. Gente sem estar 100% não vai produzir bons espetáculos. Tampoucos marcas inéditas. Levo em conta que os protagonistas são os atletas.

Na arquibancada, como vai ser? Testar um por um na porta do ginásio, do estádio? Que situação. E se no meio do povo, ou lá dentro da quadra, piscina, campo, alguém começar a tossir forte, espirrar para valer. O trauma corona virus pode provocar uma reação na galera. Quem entende de multidão sabe o que pode acontecer...nível pânico estouro de boiada.
Exagerei? Pode ser. Olha, sou doente por esporte, daqueles que quando pensa em tempo calcula de quatro em quatro anos – aos desavisados é o intervalo que as principais disputas mundiais utiliza entre suas edições e outra - , e por isso prefiro uma Olimpíada sarada. Sem preocupação médica. E, até o momento, nada, corre, arremessa, ou chuta que isto acontecerá.

Abraço (simbólico)

Em tempo: se quiser conferir o último posicionamento oficial do Comitê Olímpico Internacional sobre a manutenção dos Jogos para as datas previstas clique neste link https://www.olympic.org/news/communique-from-the-international-olympic-committee-ioc-regarding-the-olympic-games-tokyo-2020

Spotify: Playlist doKishô – As últimas quatro músicas (agora são 133) que salvei lá na lista são:

Straight Outta Compton – N.W.A.
Construção – Chico Buarque
Besta é Tu – Novos Baianos
Um Sonho – Nação Zumbi

Escute aí, ou não. Aceitamos opiniões, críticas e sugestões.

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