Que papel, Palmeiras. Que papelão, Estado de São Paulo
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Arquibancadas vazias para o duelo do líder e então vice-líder do Brasileiro Foto: Cesar Greco/Ag. Palmeiras/Divulgação |
O que aconteceu domingo, no estádio do Palmeiras, foi um papelão
palmeirense dentro, e um papelão paulista fora de campo. Nem parecia que era o
campeão de 2018 no gramado. Tampouco um jogo entre líder e vice-líder – aliás,
depois desta o segundo caiu para terceiro.
A demissão de Mano Menezes se torna indefensável. Também
pelas declarações infelizes. Só que o fator bola é maior. Culpa dele? Certeza.
Responsabilidade maior é a de quem contratou. O então promissor treinador que
chegou ao auge quando foi parar na seleção – na época em uma coluna do jornal O
Estado de Campo Grande-MS critiquei o modo como ele foi demitido – hoje carece
urgentemente de uma reciclagem para continuar a ser sustentável.
O Flamengo não teve grandes problemas. Mesmo com o título
garantido, foi a campo literalmente representar a sua gente e de forma
protocolar volta ao Rio de Janeiro com mais três pontos e empilha recordes no
Brasileirão. Sei que muitos insistem em não querer ver, mas Jorge Jesus e sua
trupe estão hoje em outro patamar. Quem disse que para ganhar tem de jogar
feio?
Horrorosa foi a decisão de vetar os rubro-negros no Allianz
Parque. A medida tomada pelo Ministério Público do Estado mais rico do país passou
recibo de que não confia em setores da própria segurança. E, convenhamos,
endossada pela CBF e pela direção do clube mandante. É sabido que tanto na Polícia
Militar e na Civil há áreas da inteligência responsáveis por monitorar e
investigar esses grupos de “torcedores”.
E tira do verdadeiro torcedor aquela coisa saudável, lúdica,
de ver o outro lado. De respeitar quem torce para outro time, tem outra
opinião. De fazer seu filho aprender que ganhar e perder é da competição.
Comemorar, tirar um sarro também. Conheço muitos palmeirenses e garanto que
para eles não há problema algum e ver pessoas de vermelho e preto no estádio.
Fica até mais colorido, dá vontade de gritar mais alto.
Resultado: 22 mil torcedores para ver o duelo dos dois
principais clubes da Série A desta temporada. Em um estádio construído para
receber 46 mil. Deu nem a metade. Essas coisas trazem mais medo que segurança.
Quem garante que os baderneiros não estarão por lá ou pelas imediações? Como
fica a cabeça de um pai, uma mãe, ao saber que os visitantes brigões estarão
longe. Mas, os valentões camuflados de verde e branco podem ficar ali pertinho?
Vai levar o filho? Se são incapazes de zelar pela integridade da galera em um
jogo de futebol, imagina o resto?
Parabéns aos envolvidos. De que adianta gastar com
propaganda na televisão para chamar o turista a São Paulo se não dão conta de uma
partida de futebol? Isso cheira a emboscada...
Abraço
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