Jorge Jesus vira ‘refém’ de seu sucesso ao fazer nível de exigência dos ‘especialistas’ subir


Um time empata na casa do adversário, que é ‘só’ o último brasileiro campeão da Libertadores e que chega pela terceira vez seguida em uma semifinal de competição continental. E, mesmo assim, geral crava que o resultado foi frustrante para os visitantes. Jesus…que coisa.

Beira um pouco o surreal isso, não?! O que aprendemos com esta história? Não sei. Mas, chuto que o trabalho do técnico português aliado ao bom jogo que geralmente desfila o elenco do Flamengo
fez o nível de exigência subir por aqui. E muito.

Para o futebol brasileiro deve ser bom. Sinal de que a chegada do Jorge Jesus (menção honrosa também para o argentino Sampaoli, o Jorge do Santos) trouxe bons ventos. Por mais que muitos no começo torceram o nariz.
Foto: Alexandre Vidal/Flamengo
Agora, não tem mais volta. Flamengo & Jesus subiram o sarrafo e, maquiavelicamente foi imposta uma cobrança de atuação perfeita todo jogo. Não importa se dentro ou fora do Maracanã. Incrível, com um elenco tecnicamente tão bom ou melhor do que o Rubro-Negro, o Palmeiras de Felipão campeão brasileiro de 2018 jamais teve esta obrigação. Dois pesos e duas medidas?

Como se na quarta-feira, o Grêmio de Renato Gaúcho de repente deixasse de ser o há tempos propalado o “time brasileiro que sabe tratar a bola” para virar uma equipe de jogadores esforçados que tenta medir forças com o badalado Flamengo.

Sabe, fiquei meio confuso com a repercussão e a visão de muitos especialistas. O técnico português completará quatro meses no Brasil. E, olha só o estrago que ele anda a fazer nos campos e fora dele em território nacional. A impressão é a de que muitos torcem para o fracasso de Jesus e sua companhia. 
Apenas para mandar um “eu avisei”, “sabia que ia dar nisso”. E, assim a discussão prossegue rasa, na promoção do espetáculo a base de declarações, “polêmicas”, e por aí VAR.

Tanta coisa legal em um jogo deste, puxa, é uma semifinal brasileira de Libertadores!

Porém, nos dias hoje, o futebol é reflexo do nosso cotidiano. A maioria só lê umas linhas e já sai a atirar. Ou assiste por cima, uns trechos no YouTube e, pronto, opinião formada.

Até o jogo da volta, dia 23, muita coisa vai rolar. Seria bom se parasse de passar o mesmo filme “pseudo-coitadinho contra o poderoso” ou “Grêmio franco atirador contra o Flamengo obrigação de ganhar”. Dois clubes deste tamanho merecem respeito. E, também que se respeitem.
E aí, concorda?
No som enquanto digitei, os caras do Rage Against The Machine.
Abraço.

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