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Mostrando postagens de maio, 2025

Você pode aceitar Um Homem Diferente. Ou não

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Cara, Um Homem Diferente pode ser várias coisas. Menos blasé. A produção estadunidense de 2024 tem um quê de drama com comédia ácida, e ao fim pode ser que role veredito “curti ou odiei”. Ficar no mais ou menos é opção distante. Dirigido por Aaron Schimberg, o longa de quase duas horas é daqueles que fiquei um tempinho a processar depois de assistir. Minha mente anda devagar, seja por muita carga, ou pela idade mesmo, sei lá. Em tempo, antes de A Different Man, o cineasta produziu Chained for Live, um drama de 2018. Não vi, mas também conta com o ator Adam Pearson. E, parece que é bom. O diretor tem seus motivos para encarar essa temática. Se não tá ligado, ligada, Um Homem Diferente – momento sinopse - fala de Edward, um ator com neurofibromatose que passa por um procedimento experimental para mudar seu visual, apenas para que sua nova vida torne aparentes as inseguranças do passado e novos problemas. Então, neurofibromatose, tecnicamente refere-se a um grupo de condições genéticas di...

The Linda Lindas segue sendo elas. Em alto e bom som, se der

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 Ei, passo por aqui pra dizer The Linda Lindas segue bacana. Escutei faz um ou dois meses, no máximo, o álbum No Obligation, de 2024.  As gurias seguem com um rock punk pop às vezes despretensioso, por vezes não, que é a cara delas.  Tomei conhecimento do trampo delas fazem quase quatro anos. No filme Moxie, sobre o qual escrevi ainda no Drugstore Kishô. Tiver afim de ler a groselha aobre o longa clique aqui .  De Los Angeles, o grupo é composto por Bela Salazar, Eloise Wong e as irmãs Lucia e Mila de la Garza.  Se você desconhece a banda, ela é composta por garotas “meio asiática”, “meio latina”, e, se bobear, nenhuma tem mais de vinte anos. Só que fazem um barulho daqueles. Desde a porrada Racist, Sexist Boy, elas só evoluíram e conquistaram um espaço que evidencia estar longe de ser uma banda de brilho intenso, porém passageiro. Sabem se comunicar com fãs ao mesmo tempo que desenvolvem legal a parte musical.  No Obligation taí pra explicitar isso. São ...

Feito um caderno perdido

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  Sabe, tirei essa foto no caminho para o caminho de quase todo dia. De cima do viaduto, pontilhão. É um caderno de desenhos. Estirado no chão há ao menos duas manhãs. Fiquei a pensar várias coisas da pessoa que por lá deixou seus rabiscos. Sim, dei meia volta e peguei o.  Está praticamente usado por inteiro. Sem capa, creio, rasgada propositalmente. Deveria estar o nome da dona, do dono. Parece ser estudante.  Meio que me vi nessa passagem. O vento ricocheteava as folhas em um efeito bonito. Não necessariamente confortável.  Por que deixar justamente naquele ponto? Perto de penduradas mensagens, na gradinha, de que a vida vale. Sem essa de dar um pulinho ali.  Talvez nem passou isso pela cabeça. Apenas resolveu deixar por lá. Vai ver, era um peso a mais a carregar.  Quiçá seja só e somente só coisa da minha cabeça cheia de caraminholas. Coração cansado de quem volte e meia tem a impressão de ser um ser desconexo deste mundo.  Vontade de se jogar. Em...

Importa com crianças? Um Crime Entre Nós reforça seu sentir, e, cuidar

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Papo sério. Seríssimo. E só senti agora. Quase cinco anos depois. Um Crime Entre Nós talvez não te diga nada novo. O que é triste. Pelo motivo que você sabe. Se já viu. Ou fingiu que nada viu, ou e viu impotente, ou vivenciou. Se pensa que é “normal”, desculpe, você é doente. Pra dizer o mínimo…. O documentário é dirigido por Adriana Yañez e realizado pelo Instituto Liberta e pelo Instituto Alana (este último conheço faz um par de anos e o trabalho é bacana),e produzido pela Maria Farinha Filmes. Em uns cinquenta e poucos minutos,traz para a conversa com muita propriedade a violência sexual infantil. Meu, tem umas partes que embarguei. A dos depoimentos, principalmente. Adriana Yañez e equipe utilizam muito bem o recurso de contar as histórias em forma de animação. Me agradam trabalhos sem sonoras, ou perguntas (confesso, tem muito de pessoal nisso), somente respostas, dados, uma boa edição. A escolha das imagens, das paisagens, da moçada a brincar, casou bem. Na medida do possível, um...

Como Ganhar Milhões Antes Que a Vovó Morra serve para toda família

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  Opa, vai uma de boinha. Dica de avó. Com e sem trocadilho. Como Ganhar Milhões Antes Que a Vovó Morra, tá lá na Netflix, e chegou até este que escreve por indicação. O filme é tailandês, e no original é somente Lahn Mah. Singelo, né. Daí vem uns e diz “o título já conta mais ou menos o final”. Como se o diretor, Pat Boonnitipat, tivesse toda a culpa. Em inglês também é modo sem mistério, How To Make Millions Before Grandma Dies. Entretanto, como diria os lances guru auto ajuda, não importa o fim do percurso, e sim a caminhada (tá bom, essa foi o horrível). O longa de pouquinho mais de duas horas, lançado em 2024, é meio que por aí. A história se desenrola interessante. Bem, se ainda não assistiu, bora lá. Momento sinopse. M é um estudante folgado, e se oferece para cuidar de sua avó, Mengju, de olho em uma recompensa, uma parte de herança. Mais do que aquelas histórias do arco da velha, de apresentar como mudará a relação entre vovó e netinho, a produção tailandesa ganha destaque...

RAN faz 40 anos. Só assisti – pra valer - agora

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Esse dá pra dizer que só assisti - pra valer - agora. Lançado há 40 anos, parece que foi exibido no Brasil na temporada seguinte, RAN é um baita filme. Tinha visto faz uma cara, e no streaming – saiu do catálogo há poucas semanas - tinha dois comentários que meio que me identifiquei. Um era tipo “na época que vi considerei engraçado, tosco, mal feito. Hoje, percebo o quanto fui imbecil”. O segundo foi na linha “era muito novo quando assisti a primeira vez. Apesar de violento, Kurosawa fez do filme uma obra antibélica”. Akira Kurosawa, falecido em 1998, talvez seja o mais icônico diretor do cinema japonês. Nem sei porque disse isso, óbvio né. A produção franco-nipônica tem umas duas horas e meia de duração e foi baseada em Rei Lear, de William Shakespeare. Sobre a peça do famoso britânico, tem outro longa-metragem que vale a pena dar uma olhada, é O Rei Está Vivo , do começo dos anos 2000. É bem bacana. Mas, não tem nada a ver com RAN, em que Kurosawa traz a história para o ambiente do ...

Se gosta de Ney Matogrosso, bom ir logo ao cinema

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Cartaz ao lado da sala do cinema - Blog do Kishô Olha, sei lá se quando você passar por aqui Homem com H ainda estará em alguma sala de cinema de Campo Grande. Se sim, e, óbvio, tu não tem nada contra Ney Matogrosso, vale muito a pena ver na telona. Se não gosta dele, daquele jeito, nem vai. Capaz de sair antes da metade do filme. Sério. Pelo menos na sala de exibição em que assisti ao longa biográfico dirigido por Esmir Filho, o som estava muito bom. Visualmente, Jesuíta Barbosa deu conta – e muito, muito bem, atuação digna de prêmios – de interpretar o bela-vistense Ney de Souza Pereira. O filme de duas horas começa com Ney criança, às voltas com o “Homem de Neanderthal”. O relacionamento difícil com o pai Antônio, militar das antigas, ainda mais naqueles tempos, permeia boa parte do filme. Daria uma abordagem psicológica interessante a (falta de) convivência da dupla. Eu acho... Rômulo Braga também manda bem. Sem vergonha de expor a sexualidade, Homem com H tem indicação etária 16 a...

Música clássica em Campo Grande dá bom sinais. Eu acho...

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Imagens: Blog do Kishô   Sexta-feira, dia 2, Teatro Glauce Rocha, começo da noite. Festival Internacional de Violão . Clássico. Olha, eu estava cansado. Novidade… Porém, adquirir entradas – neste caso, de grátis, bom lembrar – são escapes anti auto sabotagem nível “vou é quedar em casa que ganho mais”. Foi o primeiro rolê a bordo de música clássica do ano. Que bom que fomos. Sei, é clichê, mas como faz bem aos ouvidos. Aos sentidos. Conhecer o trabalho da Orquestra Sesc Lageado, que abriu os trabalhos perante um teatro cheio, já valeria a pena. Depois, sob regência de Rodrigo Faleiros, a Sinfônica de Campo Grande foi o fio condutor que trouxe ao palco da UFMS, em Campo Grande, violeiros de mão cheia. Solistas. Tudo bem, sigo leigo, impressões nada empíricas. Só que tem uma coisa. No retorno pra casa, eu e a filha começamos a comparar com outras exibições que outrora marcamos presença na fileiras de cadeiras do mesmo Glauce Rocha. “Ah, mas da outra vez tal coisa tava melhor”, “o Mar...