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Às vezes é muito difícil falar o que sufoca. Bebê Rena vai por aí

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  E aí?! Assisti Bebê Rena (Baby Reindeer no título original) de uma pancada só. Sexta invadindo sábado. Dali em diante comecei a me perguntar porque a minissérie tá (bem ou mal) muito falada. É que evitei ler a respeito da produção da Netflix. Atenção: pode conter coisas que você não quer saber até assistir. Dito isso, até certo ponto da produção, pensei, “esse cara pede pra tomar na cabeça”. Depois, vê-se que a bagaça não é bem assim. Peraí, momento sinopse do streaming: “Um comediante é gentil com uma mulher vulnerável, despertando uma obsessão sufocante que pode acabar com as vidas dos dois.” Em sete episódios, a história é montada em personagens “desajustados”. Ela é uma adaptação do show solo autobiográfico homônimo do criador de Bebê Rena e baseada em sua vida real. Tem a stalker, um garçom/comediante frustrado, uma trans, uns coadjuvantes machistas, drogas, sexo e por aí vai. Ela incomoda por vezes e, se bobear, você nem sabe bem o porquê. Ou, prefere não saber. Deixar este tip

Drive My Car é daqueles filmes que te implode aos poucos

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E aí, tudo bem? Drive My Car (Doraibu mai kā). É de 2021, chegou ao Brasil no ano seguinte, e, assisti esses dias. A produção japonesa de quase três horas tem na direção Ryüsuke Hamaguchi e levou o Oscar de Filme Estrangeiro 2022.  Concorreu também a Melhor Filme (No Ritmo do Coração foi o vencedor), Direção (Jane Campion ganhou com Ataque dos Cães), Roteiro Adaptado (No Ritmo do Coração, de novo) , além de melhor roteiro em Cannes 2021. Pois é, só vi agora… Outra coisa que me guiou ao longa foi se basear em conto homônimo de Haruki Murakami. Sei, vai cativar zero pessoa, mas quem quiser presentear com alguma obra dele, fique à vontade. Bora lá, momento sinopse: “Um renomado ator e diretor de teatro forma um vínculo improvável com sua motorista particular, forçando-o a enfrentar os mistérios perturbadores de sua falecida esposa.” Já aviso, tá complicado falar do filme sem rolar spoilers. No longa, o ator principal, e também diretor, Yusuke Kafuku, tem maneiras peculiares em seu process

Talvez seja hora de rever a tal identidade cultural de Campo Grande

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  E aí?! Pode parecer pretensioso, ou fora da casinha, leigo que sou: mas podemos começar a trabalhar em uma reconstrução da identidade cultural de Campão? Eu sei, discurso geral é a de que a cidade tampouco ainda tem uma. Ou seria a terra do sertanejo? Ou country, pra ficar mais chique. Sertanejo universitário. Abrir esse leque musical. Agregar mais ingredientes ao sobá, o carreteiro, o chimarrão, o tereré. Quem sabe? Cara, só esse ano, nos rolês aleatórios já pintaram grafite, jazz, teatro, rap, filosofia, música clássica. Sem contar os que não deu pra ir e as paradas que nem, fico sabendo. Tem muita gente a pedir passagem. Essa imagem de que nada acontece na cidade de quase milhão de pessoas tá meio errada. Posso estar enganado… Espero que não. O devaneio enrolado de sempre no começo é para entrar no sabadão que passou. Passei a tarde e começo da noite no campus da UFMS, onde rolou o Festival da Juventude. Coisa pra caramba e tudo de grátis. Podia ter mais gente, com certeza. Por ou

Tem coisa boa no álbum novo do Pearl Jam

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 *Atualizado às 20h38 do mesmo dia porque consegui errar o Peal, ops, Pearl, no título.  We used to laugh, we used to sing Nós costumávamos rir, nós costumávamo s cantar We used to dance, we had our own theme Nós costumávamos dançar, tínhamos nosso próprio tema Hurting yourself is playing to see Machucar a si mesmo é pagar para ver I think you're hurting yourself, just to hurt me Eu acho que você está se machucando, só para me machucar Opa, beleza?! Reconhece o trecho aí de cima? Faz parte da primeira faixa do novo álbum do Pearl Jam lançado neste abril, de nome Dark Matter (Matéria Escura). Ou seja, se não é fã da banda ou do gênero, pode ficar por aqui. Se tiver a fim de seguir, sempre um prazer. Então, depois de quatro anos, Eddie Vedder, Jeff Ament, Stone Gossard, Mike McCready e Matt Cameron voltam a mandar coisa nova. Sinceridade, estou longe de ter escutado todos os sei lá, doze discos de estúdios. Fui parando e parei no Yeld (1998, com o petardo áudio e visual Do The Evolut